O presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Macrorregião de Picos (AEAMP), Alan Michel, expressa preocupação com a liberação do grande número de agrotóxicos para uso nas lavouras brasileiras pelo Governo Federal. Até essa data já foram liberadas 290 substâncias químicas, das quais 51, só nos últimos dias.
A quase totalidade desses compostos é proibida em inúmeros países, com destaque para os integrantes da União Europeia. E, além de prejudicar as exportações do país, vem o dado mais preocupante, as doenças que os brasileiros podem adquirir ao ingerir alimentos com grande quantidade de pesticida, dentre essas enfermidades o câncer.
Para Alan Michel o número de liberações é “alarmante”, uma vez que a fiscalização na revenda e utilização desses produtos é precária. “Não seria esse o caminho, mas fortalecer as instituições fiscalizadoras para que fosse possível fazer o uso dessas substâncias, pois sabemos que em outros governos houve desaceleração do uso desses produtos”, comentou.
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Alan frisou que não é contrário ao uso de alguns agrotóxicos, mas que estes compostos sejam utilizados de forma correta pelos produtores rurais. “Os produtores devem procurar profissionais qualificados, nesse caso os engenheiros agrônomos, para que eles possam orientar para a melhor forma de uso, pois quem sai perdendo é a população, pois as famílias correm sérios riscos de saúde, sem contar o meio ambiente”, comentou.
Em maio deste ano a AEAMP promoveu um seminários sobre a forma correta de utilizar os pesticidas.