Quarta-Feira, 19 de Novembro de 2025

Reunião expõe divergências sobre reforma na Igreja Catedral de Picos

Publicado em 05/03/2019
Por Jailson Dias
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Reunião no salão paroquial /Jailson Dias

Uma reunião realizada no final da manhã desta quarta-feira, 12, expôs as divergências quanto a reforma da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios de Picos. O encontro, que reuniu representantes da diocese, da Câmara Municipal, sociedade civil organizada e fiéis, aconteceu no salão paroquial da Igreja Matriz, e foi marcado pelos diferentes pontos de vista sobre a obra.

A reforma teve início no dia 23 de abril, mas foi interrompida dias depois pelo Ministério Público Estadual (MPE), desde então as obras se encontram paralisadas. Algumas pessoas já estariam reclamando da poeira no interior do templo na hora da celebração das missas, uma vez que parte do piso antigo já foi retirado.

Durante a reunião o pároco da Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, Pe. Chiquinho, falou sobre o plebiscito realizado junto aos fiéis antes do início das obras. Mais de duas mil pessoas foram favoráveis a substituição do piso, contra aproximadamente 300 que se mostraram contrárias.

O advogado Johilse Tomaz participou da reunião e junto com alguns fiéis expressou a sua opinião favorável a sequência da reforma. Ele também falou sobre o plebiscito realizado pela diocese antes do início das obras.

Pelo menos nove vereadores estiveram presentes e a maioria também se mostrou favorável a continuidade e conclusão da reforma. O presidente da Câmara Municipal, vereador Hugo Victor (MDB), tentou apaziguar os ânimos e alegou que as pessoas que não frequentam o templo também podem opinar, uma vez que a igreja é um patrimônio da cidade.

A representante da Secretaria de Cultura de Picos, Joana D'arc, se disse favorável a mudança do piso, mas argumentou que o processo precisa obedecer os tramites burocráticos para que não haja problemas no futuros.

Em entrevista o bispo diocesano de Picos, Dom Plínio José Luz, afirmou que as obras só continuarão após o parecer do Ministério Público. Ele disse que uma vez que a denúncia foi realizada o processo tem de seguir. Quanto a lei municipal que trata sobre o tombamento da fachada da igreja, o sacerdote argumentou que a desconhecia e que ela precisa ser mais ampla e específica.

“Estamos na expectativa para ver o que o Ministério Público vai colocar como parecer, como determinação, então a partir disso, vamos agir, seguindo e respeitando o que determinar”, comentou.

A reforma da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, conforme consta no projeto, prevê a substituição do piso e a reforma do presbitério. Todo esse trabalho está orçado em R$ 800 mil.

Dom Plínio

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