Estudantes da UFPI, UESPI e IFPI, professores, líderes sindicais e representantes de movimentos sociais foram às ruas da cidade de Picos na manhã desta quinta-feira, 30, protestar contra os cortes na educação e a reforma da previdência proposta pelo Governo Federal. Essa foi a segunda manifestação em duas semanas, a primeira aconteceu no dia 15 de maio. O ato também foi uma alusão a paralisação nacional a ser promovida no próximo dia 14 de junho.
Os manifestantes se reuniram nas imediações da Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus e saíram em passeata pela Av. Getúlio Vargas, culminando na Praça Félix Pacheco, onde aconteceu um ato com falas sobre a atual situação do país. Até as 16h00 de hoje a praça será palco de uma exposição dos estudantes das universidades.
O professor do curso de História da UFPI de Picos, Agostinho Coe, afirmou que os trabalhadores e estudantes estão sob ataque, destacando que as pesquisas promovidas pela universidade estão sofrendo prejuízos. Ele comentou que o Governo Federal tem jogado uma grande cortina de fumaça ao afirmar que os recursos das educação foram repostos.
Professor Agostinho Coe
“O Governo tem utilizado estratégias de convencimento de que esses recursos estão voltando para a educação, o que não é verdade”, declarou.
O estudante do curso de química do IFPI de Picos, Arthur da Silva, declarou que a educação pública tem sido atingida e se sente prejudicado uma vez que faz parte do PIBID. “Não aceitamos nem corte nem contingenciamento, o que a educação precisa é de mais investimento, nem cortando bolsa nem cortando cultura, e estamos aqui para mostrar a força dos estudantes”, declarou.
Estudante Arthur da Silva
Ambos, professor e aluno, salientaram que os chamados “dias úteis” são próprios para manifestações para que a sociedade possa tomar conhecimento pelo que estão lutando.