Movimentos sociais, sindicais e estudantil de Picos aderem a paralisação nacional do dia 15 de maio

Na última terça-feira, 07, representantes de movimentos sociais, sindicatos dos professores e do movimento estudantil, promoveram uma reunião para decidir como iriam reagir ao bloqueio de 30% no orçamento da UFPI e do IFPI, que tem afetado as instituições de ensino federal por todo o Brasil. Na ocasião, decidiu-se pela formação de um Comitê Permanente e da adesão a paralisação nacional, prevista para o dia 15 de maio, em favor da educação e contra a reforma da Previdência como ela está sendo proposta.

“Nós faremos uma manifestação que tem como tema principal: não aos cortes, contra a reforma da Previdência e em defesa da educação pública, essa é a temática principal”, informou a integrante do comitê, Isabel Silva.

Segundo Isabel no dia 15 haverá uma manifestação em Picos no período da manhã. “Vamos fazer uma caminhada saindo da Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus, com concentração a partir das 7h00, saindo a partir das 7h30, e seguindo até o centro da cidade”, explicou.

Buscando mobilizar as pessoas, os integrantes do Comitê Permanente, que está organizando a paralisação para o dia 15, percorrerá, no dia anterior, as salas de aula das universidades e escolas públicas para falar aos estudantes sobre os problemas dos cortes nos recursos para a educação, que afetará todas as esferas, não apenas as federais.

“Os cortes não impactarão apenas quem está no ensino superior, mas quem ainda vai ingressar, e no dia 14, à tarde, faremos atividades de mobilização, que consistirão em oficinas de cartazes, diálogo, debates e a entrega de panfletos para a galera se inteirar do que está acontecendo, e depois do dia 15 faremos fóruns nas escolas e associações de bairros e onde for solicitado”, explicou Isabel.

Aqui no Piauí o bloqueio de 30% dos recursos para a UFPI e o IFPI tem causado grande preocupação aos reitores e diretores das instituições federais, uma vez que eles haviam se programado para trabalhar com o orçamento aprovado em 2018 e agora se veem privados do dinheiro para manter os serviços básicos oferecidos à comunidade acadêmica.

O reitor da UFPI, Prof. Dr. Arimatéia Dantas Lopes, informou que a instituição de ensino pode parar no mês de setembro, caso os recursos não sejam desbloqueados.