Terça-Feira, 18 de Novembro de 2025

Protetores dos animais de Picos pedem cumprimento de lei em Audiência Pública

Publicado em 29/12/2018
Por Jailson Dias
e438dfa3a628ada08f7599d7cf98.jpg
e438dfa3a628ada08f7599d7cf98.jpg
Audiência pública/Jailson Dias

A ONG dos Amigos Protetores dos Animais de Picos (APAPI) pediram o cumprimento da Lei n° 2764/2016, aprovada pela Câmara Municipal, que prevê a esterilização gratuita dos animais de rua bem como o fim do extermínio sistemático dos animais pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A audiência foi requerida pelo vereador Wellington Dantas (PT) e contou com expressivo número de participantes.

Durante a audiência o presidente da ONG, Felipe Coelho, apresentou a situação dos animais abandonados na cidade e relatou a rapidez com a qual gatos e cachorros se multiplicam, caso não haja um controle. Isso tem resultado em uma grande quantidade de animais soltos pelas vias públicas da cidade.

O vereador Wellington Dantas afirmou que a prefeitura precisa fazer valer a Lei n° 2764/2016, para reduzir a procriação dos animais de rua. Ele também pediu que o município disponibilize uma sede para a ONG, onde possam acolher os animais de rua e ajudar a reduzir a superpopulação de gatos e cachorros abandonados, uma vez que eles serão postos para adoção.

O presidente da APAPI informou que após a aprovação da lei em 2016, aconteceram algumas reuniões com a prefeitura, mas sem conseguir a sua efetivação. “Acredito que a partir de hoje isso de fato aconteça”, declarou.

Segundo Felipe Coelho, o principal problema da APAPI na atualidade é atender a grande demanda de pessoas solicitando ajuda para acolher animais de rua e conseguir um lar para eles. “A pior sensação que podemos ter é passar por um animal de rua em situação deplorável e se sentir de mãos atadas por não ter uma política pública para ajuda-los”, comentou.

Renata Tomaz, que se declarou uma pessoa interessada na causa, falou sobre um projeto denominado de “Cãodomínio” que consistiria na instalação de comedouros e bebedouros para os animais de rua, bem como na confecção de pequenas casas de madeira para os animais. Ela explicou que o projeto já existe em grandes cidades do Brasil e ficaria a cargo de tutores que se disponibilizassem a zelar esses espaços. A prefeitura apoiaria em situações específicas, cedendo os serviços de veterinários quando necessário.

Em entrevistas anteriores o coordenador do CCZ, Agênor Martins, informou que o centro não tem mais eutanasiado os animais, a menos que se comprove que o mesmo está doente.

Felipe Coelho

Renata Tomaz

Comentários