Quinta-Feira, 10 de Outubro de 2024

Seleção oscila com jovens, mas vê seus "veteranos" travados no ataque pós-Copa

Publicado em 19/11/2018
Por Edson Costa
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Lucas Paquetá comemora seu gol contra o Panamá/Reuters

A justificativa de Tite para a oscilação de desempenho da seleção brasileira, que teve atuação bastante fraca no empate por 1 a 1 com o Panamá, neste sábado, 23 de março, são as oportunidades oferecidas a jovens e o decorrente desentrosamento. Mas no setor ofensivo, de números bem inferiores à média nos últimos jogos, são os “veteranos” que têm decepcionado.

Veteranos entre aspas porque entre eles está Gabriel Jesus, 22 anos recém-completados. Ainda jovem, porém com quase três anos de convocações consecutivas, o que dá a ele casca para cobranças em outro nível.

Roberto Firmino e Coutinho, outros remanescentes da Copa do Mundo, também não têm conseguido apresentar o futebol que os colocou no mais alto nível de clubes europeus. Por outro lado, os novatos Richarlison e Paquetá deixaram Portugal mais satisfeitos, individualmente.

O atacante, dessa vez, não marcou, mas seu ímpeto e atitude em meio a uma equipe sem tanto jogo coletivo criaram boas chances para o Brasil, especialmente no segundo tempo, quando ele acertou o travessão e exigiu boa defesa do goleiro Mejía.

Paquetá, por sua vez, fez seu primeiro gol pela Seleção, mas foi substituído por Everton no segundo tempo.

– Ele (Paquetá) estava fazendo função de aberto e tinha a opção do Everton, era uma opção para acelerar o jogo, uma ideia de amplitude – explicou Tite. Em outras palavras, ele queria tentar abrir a linha defensiva de cinco homens do Panamá com um ponta mais rápido.

Depois da Copa do Mundo, Tite trocou Gabriel Jesus, sem gols no torneio, por Firmino. Embora o substituto emende duas boas temporadas como protagonista do Liverpool, enquanto Jesus vê do banco os jogos mais importantes do City, a troca ainda não surtiu efeito no Brasil.

Firmino repete movimentos que o caracterizam na equipe inglesa, deixando a área e criando espaços para serem preenchidos por companheiros, mas a engrenagem não está afinada. Contra o Panamá, Tite recolocou Jesus em seu lugar, na etapa final, mas a alteração tampouco fez o Brasil melhorar ofensivamente.

Os dias de Coutinho no Barcelona têm sido bem distantes do brilhantismo que teve no Liverpool, e isso se reflete na seleção brasileira. Mesmo assim, o meio-campista ficou 90 minutos em campo, retrato da confiança do técnico em sua recuperação.

– O Coutinho criou uma expectativa muito alta e está pagando o preço daquele padrão. É a busca do técnico pela recuperação do atleta, pelo nível que tem, a qualidade, pelo lastro que tem por ser de confiança. O técnico sabe o que ele pode render, e talvez tenha um pouco mais de complacência porque sabe o que pode vir dali, pelo nível de maturidade e qualidade.

Em busca do entrosamento no meio-campo, grande responsável pela falta de criatividade e consequente baixa de gols em sua visão, Tite estuda que time mandar a campo na terça-feira, contra a República Tcheca. Pelas citações recebidas nas últimas entrevistas coletivas, Allan pode ganhar uma chance no setor, na vaga de Arthur.

A seleção brasileira viajou durante a madrugada para Praga e treina no início da tarde deste domingo (horário de Brasília).

Fonte: Por Alexandre Lozetti/globoesporte.globo.com

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