Propina da JBS: ministro do STF manda para o TRE-PI processo contra Marcelo Castro

A procuradora Geral da República Raquel Dodge recorreu da decisão do ministro Ricardo Lewandoviski que encaminhou à Justiça Eleitoral a investigação da Polícia Federal contra o senador Marcelo Castro (MDB) acusado de ter recebido propina de R$ 1 milhão da JBS.

Para a procuradora Geral da República, o caso envolvendo Marcelo Castro deve ser apurado no âmbito do Supremo Tribunal Federal por entender que ele participou de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo o site O Antagonista, Marcelo Castro recebeu propina para votar em Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados, em 2014.

“Sem qualquer dúvida, o pagamento ao deputado Marcelo Castro teve como contrapartida o seu apoio à candidatura de Eduardo Cunha para presidente da Câmara dos Deputados”, diz a procuradora-geral.

O ministro Lewandoviski encaminhou o caso de Marcelo Castro ao TRE-PI, que só vê no caso do recebimento do dinheiro indícios de Caixa 2, onde a punição é bem menor.

Entenda o caso

O deputado federal e presidente regional do PMDB Marcelo Castro apareceu em delação recebendo propina de R$ 1 milhão da JBS, em 2014. A revelação só veio a público em 2017 em documentos do grupo de Joesley Batista divulgados da revista Época.

Alguns políticos como o senador Ciro Nogueira, o governador Wellington Dias, o prefeito Firmino Filho e deputados federais piauienses já haviam sido citados como beneficiários das doações da JBS, mas Marcelo Castro só depois passou a ser citado.

Segundo a revista, Castro, ex-ministro da Saúde no governo Dilma, cuja gestão foi muito atoleimada, cheia de tropeções, recebeu o dinheiro das mãos do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

O dinheiro seria parte de uma propina para a campanha de Marcelo Castro para o governo do estado, abortada pela decisão do então vice-governador Zé Filho de ser ele próprio o candidato. Derrotado depois na eleição pelo atual governador Wellington Dias.

Fonte: portalaz.com.br