Terça-Feira, 18 de Novembro de 2025

Moradores do Conduru denunciam abandono do bairro por parte do poder público

Publicado em 29/09/2018
Por Jailson Dias
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Rua Jacó Maria do bairro Conduru /Jailson Dias

Os moradores do bairro Conduru denunciaram em entrevista ao Folha Atual o abandono sofrido por parte do poder público. A nossa equipe esteve por lá na tarde da sexta-feira, 08, e constatou que a situação estrutural das ruas é precária: esburacadas, com calçamento e asfalto deteriorado, canos quebrados, esgoto a céu aberto, lama escorrendo pelas vias públicas e muitos mosquitos. Nós conversamos com alguns moradores e eles não esconderam a revolta com a situação.

O jovem Lucas de Sousa Araújo relatou que o caos vivido pelo bairro não é recente. O asfalto da rua Jacó Maria, onde reside, ainda é da época do ex-prefeito José Neri de Sousa. Desde então, nunca mais houve outra pavimentação. Há muito mato nas imediações e, em alguns pontos, os próprios moradores colocaram grandes pedras para evitar a quebra dos canos que fazem o abastecimento de água para as moradias.

“Nunca tomaram providência, e nós temos sofrido com mosquito da dengue, quebrando peças de carros, canos, temos que mandar botar aterro, pedras para ver se ameniza”, relatou.

Lucas de Sousa Araújo

A dona de casa Cícera de Sousa Moreira declarou que a situação da rua é “péssima”, com mato nas laterais e mosquitos transmitindo doenças para as pessoas. Ela relata que a prefeitura de Picos já foi procurada, mas não sinalizou com nenhuma providência imediata. “Procuraram, mas eles (o poder público) não resolvem”, declarou.

Cícera de Sousa Moreira

A senhora Fátima da Silva, que possui uma lanchonete nas proximidades do Instituto do Rim, criticou a pavimentação realizada em algumas vias do bairro por ser muito estreita, permitindo a passagem de apenas um automóvel por vez. “O bairro aqui é muito jogado, muito abandonado, aqui tem muitos buracos nas ruas, não é brincadeira”, declarou.

Fátima da Silva

Fátima da Silva também falou sobre o esgoto a céu aberto e o risco de doenças para as pessoas. Ela informou que investiu R$ 2.300,00 do próprio bolso para fazer o saneamento básico em frente a sua casa, uma vez que não há perspectiva do poder público realizar o serviço. “Eu botei duas barras de cano de 200 mm e ali botei manilhas, eu mesmo canalizei, porque é muita lama, olha  a situação que está”, protestou.

 

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