As festividades de final de ano aquecem as vendas no comércio e geram novas oportunidades de empregos, sobretudo temporários. No entanto, todo este cenário positivista tem esbarrado na crise econômica e política que assola o país, resultando na diminuição da oferta de contratações parciais. Em Picos, a redução pode chegar a quase 30%.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Servidores de Picos (SINTRACS), Marcos Holanda, destacou que a recessão econômica tem fechado mais de 10 mil empresas brasileiras. Uma situação também observada no comércio picoense.
“Sempre esperamos que o comércio volte a contratar no final do ano. Porém hoje a gente vive uma crise muito profunda na economia, uma crise política, e as contratações este ano devem ser muito menores do que em anos anteriores. A crise é profunda e algumas empresas já fecharam as portas este ano na cidade. Isso não é somente um cenário de Picos, mas um cenário nacional”, afirmou o sindicalista.
Sem poder de compra, o consumidor deixa de comprar e consequentemente as empresas deixam de vender. O ciclo característico da crise reflete na diminuição das contratações temporárias.
“A reforma trabalhista como era esperado não gerou emprego e o trabalhador e o próprio empregador é quem pagam a conta. O trabalhador sem dinheiro e sem trabalho as empresas não vendem. Sem vender as empresas não contratam”, frisou.
Marcos Holanda comentou ainda que o comércio picoense não possui outras fontes de geração de emprego, como indústrias. Além disso, o poder público não investe em fontes alternativas que fortaleçam o comércio.