Nos estados das regiões sul e sudeste do Brasil a dengue avança, mas aqui em Picos, nenhum caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde até este mês de maio de 2013. Segundo informações da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Sandra Karielly Alencar, foram notificados 29 casos, mas 15 foram descartados depois de exame laboratorial e os demais descaracterizados clinicamente. Há apenas três casos passíveis de análise laboratorial.
Apesar da não confirmação dos casos de dengue em 2013 a enfermeira explica que não há motivos para relaxar uma vez que é do conhecimento da coordenação que existem focos de dengue e um índice de infestação de mosquitos considerados acima da média. “Em Mirolândia, Lagoa dos Félix, Três Potes, Fátima do Piauí, são lugares onde o índice de infestação está um pouco elevado, onde existem mosquitos”, explicou.
Para a coordenadora esse índice de infestação confirma que há a circulação da doença, não havendo, no entanto, a confirmação dos casos de dengue via exames e atendimento clínico.
“Embora já tenham sido tomadas providências em relação a contato com as unidades notificadoras encaminhando para o exame, fazendo busca ativa, os exames estão vindo não reagente e isso é desconfortável no sentido de que nos leva a crer que está havendo um subregistro. E comparado ao ano passado estamos tendo um número bem inferior das notificações”, informou.
A Coordenação da Vigilância Epidemiológica está buscando tomar algumas providencias junto a Secretaria Estadual de Saúde e a Funasa com o intuito de impedir o surgimento de uma possível epidemia. O município tem prezado pela eficácia dos agentes de endemias, que atualmente somam 29 profissionais.
“Temos que organizar esse fluxo de trabalho com os agentes de endemias, também estamos contatando a prefeitura para ver as caixas d’água que são do município, para vedar as que estão abertas, além de solicitar a contratação de mais profissionais”, explicou.
O “carro fumacê” já pode ser visto pela cidade de Picos, despejando a fumaça química para matar os mosquitos. A enfermeira entende que a medida é válida, mas a Secretaria tem buscando combater a proliferação do mosquito desde o foco. “A solução mais recomendada é o tratamento nos focos, nos criadouros”.