Sob a coordenação de Ted Rap grafiteiros passaram toda a manhã de sábado (11/05) desenhando no paredão da Praça Félix Pacheco, exatamente na parada do transporte coletivo, um dos locais de maior visibilidade da cidade. A ideia era transformar o local em um ponto turístico onde as pessoas possam fazer fotografias e guardar como recordação. Os desenhos têm agradado as pessoas que passam pelo local.
A professora Layane Leal aprovou o trabalho dos artistas urbanos. “Gostei muito, o grafite é diferente da pichação, é arte e não polui o ambiente visualmente como os cartazes que são colocados com propagandas de eventos”.
A corretora de seguros de veículo, Josuene Rodrigues, compartilha da opinião da professora e diz ter gostado do trabalho na Praça Félix Pacheco. Ela já elaborou um trabalho acadêmico para a universidade tratando sobre as diferenças entre pichação e grafitagem. Josuene é enfática ao afirmar que os desenhos no paredão da praça central de Picos são uma forma de expressão artística.
“Ontem, por volta do meio dia, passando pela praça feliz Pacheco, pude me deparar com uma nova vista, uma nova paisagem que ali estava chamando atenção de uma forma positiva. Tive a oportunidade de ter o conhecimento a cerca do que se trata ser a grafitagem, em um trabalho feito no meu curso pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), onde obtive o conhecimento da diferenciação do que seria a grafitagem e a pichação, diante disso, tive conhecimento de que não podemos confundir grafite com pichação, pois o grafite é arte, a exemplo disso posso me referir a arte elaborada na praça Feliz Pacheco; O grafite é uma maneira democrática da população expor seus sentimentos e seus talentos. Sem conteúdo sim, vira apenas poluição e vandalismo”.
Os desenhos elaborados na Praça Félix Pacheco abordam múltiplas temáticas, como “cultura afro”, denúncia social e pontos conhecidos da cidade, como a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. A atual exposição deverá perdurar até o mês de novembro, quando novas figuras serão desenhadas, garantindo a renovação do painel duas vezes por ano, consolidando-se assim como um ponto turístico. Fica agora o pedido de compreensão para que as pessoas tenham zelo com o local, não sujando, nem poluindo com cartazes de propaganda.