Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2025

Convenção coletiva para definir salário comercial de 2018 acontecerá no final de novembro

Publicado em 20/06/2017
Por Redação
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Presidente do SINTRACS, Marcos Holanda/Folha Atual

As negociações para a definição do salário dos trabalhadores no comércio de Picos em 2018 já tem data marcada: 29 de novembro de 2017. A convenção coletiva acontecerá às 9h00, na sede do Ministério do Trabalho e deverá contar com a participação do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Picos (SINTRACS) e da classe patronal.

O atual salário base destinado aos trabalhadores do setor lojista é de R$ 1.015,00, supermercados de R$ 1.047 e farmácias R$ 1.087,00. No entanto, o presidente do SINTRACS, Marcos Holanda, não espera um acréscimo considerável sobre estes valores devido à crise financeira que o país enfrenta e a vigência da Reforma Trabalhista.

“Vai ser muito mais difícil com a nova Lei Trabalhista. Devemos ser otimistas diante da crise e esperar um valor satisfatório. Vamos esperar que os empresários reconheçam que os trabalhadores precisam tirar o sustento próprio e de sua família. Além disso, ganhando melhor aumenta o poder de compra das pessoas”, afirmou Marcos Holanda.

Reafirmando sua expectativa, o sindicalista faz uma analogia ao reajuste do salário mínimo esperado para o ano seguinte cotado em R$ 965,00, representando um aumento de apenas 3%.

“Como o governo deu o reajuste de 3% sobre o salário mínimo passando de R$ 937,00 para R$ 965,00, não temos uma expectativa elevada. Baseado na inflação de 2%, a previsão já apontada pelos jornais, acho pouco provável que a elevação sobre o valor atual seja grande. Valores como de R$ 1.065 os sindicatos não estão conseguindo estabelecer em outras cidades”, frisou.

A previsão inicial é que o valor do salário base de 2018 seja definido até o final de dezembro já que a partir de 01 de janeiro a nova remuneração já passa a ser válida.

Lei Trabalhista e novas contratações

Marcos Holanda destacou que a Reforma Trabalhista apesar da estimativa que poderá gerar mais de 2,3 milhões de empregos em todo o país não significa impulsionar o mercado. Para ele, a condição desses empregos é ruim para os trabalhadores.

“A remuneração por hora de trabalho pode prejudicar e muito o trabalhador já que ao final do mês o valor recebido pode ser inferior. Felizmente agora no final do ano, as contratações sempre aumentam, gerando mais renda”, concluiu.

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