Que o Brasil enfrenta uma crise, ninguém discorda, mas ainda assim alguns fatos verificados chamam a atenção e causam tristeza. Apenas em um quarteirão da Praça Félix Pacheco, ponto mais movimentado da cidade, pode ser contado quatro prédios fechados, onde antes funcionavam grandes empresas. Mesmo a ótima localização ainda não foi suficiente para atrair novos investidores.
O quarteirão ao qual a reportagem se refere faz limite com a Praça Félix Pacheco e é circuncidado pela Rua Coelho Rodrigues, Travessa Joaquim Santos e Av. Getúlio Vargas, principal artéria da cidade. Tal situação pode ser entendida como um reflexo da crise pela qual passa o país, que agora reflete na cidade de Picos.
Dentre as empresas de grande destaque fechadas recentemente que se situavam nesse logradouro, podem ser citados o Banco Itaú e as Lojas Rabelo. Ambos chegaram a Picos entre os anos de 2009 e 2011, mas encerraram as suas atividades há poucos meses. O Sindicato dos Bancários do Piauí promoveu manifestações para manter o Itaú na cidade, mas foram em vão, em abril de 2017 a agência fechou definitivamente as portas.
Em matéria publicada na edição de n° 80 do Folha Atual o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Picos (CDL), Waldson Monteiro Neiva Eulálio, o Sonzinho Eulálio, explicou que muitas pessoas abrem negócios sem a devida informação sobre investimentos, o que termina por resultar em falências, uma das causas para tantas lojas fechadas na cidade que se orgulha do seu “comércio pujante”.
Ponto de Açaí e Loja de Calçados fechadas
A fala do líder classista é corroborada por empreendedores e estudiosos do setor, mas também é fato que a crise financeira que assola o Brasil realmente se instalou em Picos nesse ano de 2017.