Mudança na via de acesso a feira livre completa uma semana gerando controvérsias

A mudança na via de acesso a Praça Justino Luz, onde fica situada a Feira Livre de Picos, completa uma semana de uso dividindo opiniões entre a população. O trecho por onde os veículos podem passar já havia sido modificado desde o dia 02 de maio, mas o acesso através da Travessa Urbano Eulálio, que passa por trás da agência centro do Banco do Brasil, ocorreu na segunda-feira, dia 08.

Nesses primeiros dias é possível perceber que motoristas e motociclistas ainda estão se adequando às novas demarcações. Muitos ainda querem usar a Travessa Urbano Eulálio para chegar a Praça Félix Pacheco, o que passou a ser proibido, uma vez que o sentido agora é inverso. Guardas da Secretaria de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana (STTRAM), tem sido posicionado nesses locais para orientar a população.

Há também certa desatenção quanto a sinalização vertical (placas) colocadas nas ruas mostrando o sentido a ser seguido pelos veículos. Com isso, o trânsito na Rua Coronel Francisco Santos, onde fica situada a agência do INSS, tem estado mais lento. Acredita-se que esse problema será resolvido quando a população se habituar ao novo trajeto da Praça Justino Luz.

Outra mudança recente ocorreu na Rua São Francisco, onde fica localizado o escritório da Eletrobrás de Picos. Antes, uma via de mão dupla, essa rua passou a ser utilizada apenas em um sentido, mais especificamente para dar acesso ao Palácio Coelho Rodrigues, sede da prefeitura.

Os feirantes que trabalham na Praça Justino Luz estão reclamando bastante do posicionamento das barracas no primeiro dia de funcionamento do novo trajeto para o tráfego de veículos automotivos, que passou a valer a partir desta terça-feira, 02. A mudança já vinha sendo anunciada e a sinalização foi desenhada durante o feriado prolongado, mas ainda faltam alguns detalhes como as placas orientando os motoristas.

Reclamações

Nossa equipe conversou com alguns dos feirantes que estão reclamando da nova demarcação. Muitos não quiseram gravar entrevistas, mas mesmo aqueles que passaram a ter mais visibilidade não estão confortáveis.

O feirante Jackson Holanda da Silva, 20 anos, disse que o novo trajeto não trouxe melhorias, apenas complicações para alguns comerciantes que não estão conseguindo se realocar. Ele ainda expressou o seu desejo de que a demarcação volte a ser como era anteriormente, uma vez que no seu entender o tráfego era mais simples. “Se fosse por todos nós voltava a ser como era antes”, comentou.

Francisco Amaro, 47, que também trabalha na Justino Luz, declarou que muitas pessoas foram prejudicas, pois perderam a visibilidade. Ele acredita que a solução para a feira livre de Picos seria a construção de um mercado, onde poderiam negociar as suas mercadorias com mais tranquilidade, pois não teriam mais que movimentar as barracas. “Os carros modernos de hoje, a questão de meio metro, não faria diferença nenhuma. E isso causa um transtorno porque temos perda”, comentou.