Corpo de Bombeiros terá apoio das policias Civil e Militar para identificar incendiários

O Corpo de Bombeiros de Picos contará com o apoio das policias Civil e Militar para identificar possíveis incendiários. Segundo a comandante, capitã Ana Cléia Diniz Santos, a ideia é evitar que se repitam os grandes incêndios registrados em 2016, quando povoados de Picos, Geminiano e Santana do Piauí arderam por vários dias durante o mês de agosto.

Naquela ocasião, a mobilização para conter as chamas contou com a participação do 3° BEC, dos brigadistas, Polícia Militar e da população, especialmente das áreas afetadas. O desespero tomou conta das pessoas no que pode ser considerado o maior incêndio florestal já registrado na região de Picos, causando também grande dano ambiental.

Embora suas origens não tenham sido esclarecidas, tanto a Polícia Civil quanto a Militar suspeitaram que os incêndios de 2016 tenham sido criminosos, ou seja, ocasionados por alguém. Contudo, com o fim do período chuvoso deste ano aumenta a preocupação das autoridades quanto a incêndios acidentais, pois muitas pessoas ateiam fogo em terrenos baldios e nas plantações, após a colheita, preparando a terra para a safra do próximo ano.

Nos últimos anos os bombeiros vêm orientando a população para requisitarem o seu apoio, evitando que as chamas saiam do controle, mas a população de Picos e região continua errando. A capitã frisa que o trabalho de conscientização continua. “As palestras e o trabalho de prevenção já vem acontecendo desde o início do ano”, comentou.

Além da parceria com as forças policiais e com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Picos, a capitã também pede a população que ajude na fiscalização para que a catástrofe de 2016 jamais se repita. “E pedimos a população que fiscalize e denuncie, ligando para 190, caso observe fatos suspeitos relacionados a colocação de fogo de forma criminosa”, comentou.

Além do dano material e ambiental por conta dos incêndios de 2016 a população como um todo sofreu com a fumaça que emanava das chamas e o aumento da temperatura, no entanto, a capitã Cléia demonstra otimismo. “Foram muitas perdas, mas acreditamos que esse ano será tranquilo”, finalizou.