Preço do peixe aumenta com chegada da Quaresma

A chegada da Quaresma, período em que os fiéis católicos consomem peixes nas quartas e sextas-feiras durante 40 dias, tem aquecido a venda do produto na cidade de Picos. Mas nem sempre a grande demanda representa um bom preço na oferta. A saída encontrada pelos feirantes da Feira do Peixe, em Picos, foi buscar um menor preço junto aos fornecedores para que o aumento não pesasse tanto no bolso do consumidor.

A feirante, Josefa Maria dos Santos, que há mais de 30 anos possui uma barraca na Feira do Peixe, explicou que devido à diminuição do pescado anualmente o preço é alterado. Neste ano durante a primeira semana da Quaresma o aumento foi de apenas R$1,00 sobre o valor pago nas espécies.

“A expectativa é que as vendas sejam boas, estamos esperando vender bastante esse ano. Nesta primeira semana a procura tem sido boa e temos vendido bastante. O aumento foi pequeno, apenas um real e os clientes não reclamam”, disse a feirante.

Josefa Maria dos Santos não esconde a possibilidade que o produto pode sofrer alterações no preço no decorrer da Quaresma, sobretudo na Semana Santa. “Se subir onde a gente pega teremos que subir o preço também”, frisou.  Segundo ela, o pescado que chega na mesa do picoense nem sempre é produto da região, e sim de outros estados como Bahia, Ceará, fator que eleva o preço do peixe.

A proprietária de um restaurante no Centro de Picos, Regina Marta Araújo, reclamou do preço do peixe. A mesma tem usado a estratégia de pechinchar para conseguir uma redução já que compra em grande quantidade.

“Sempre compro peixe na quarta e sextas-feiras e durante a Semana Santa também. Tá caro o peixe, mas é o jeito comprar, meus clientes sempre tem a tradição de comer peixe”, disse Regina Araújo.

Fiscalização

Diante do alto consumo de pescado no período da Quaresma, a Vigilância Sanitária de Picos intensificará o trabalho de conscientização e fiscalização junto aos proprietários de pontos de vendas de peixe na cidade.

As fiscalizações ocorrerão nas quartas e sextas-feiras, onde serão distribuídos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como luvas, máscaras, tocas aos vendedores de peixes, bem como serão entregues panfletos a população sobre como comprar de forma segura peixes.

A Coordenadora da Vigilância Sanitária de Picos, Rita de Cássia, explicou a irregularidade comum cometida pelos vendedores não se trata do peixe estar estragado, e sim a falta de higiene no manuseio.

“Onde tiver pescado estaremos orientado e explicando a forma correta de se comercializar peixe. Também serão distribuídos par a população. Não existe muito peixe estragado, o que acontece em Picos é que a grande maioria dos vendedores não se atenta  aos aspectos sanitários, de higiene mesmo”, disse Rita de Cássia.

Rita de Cássia