Por Jailson Dias
Com o anúncio feito pelo Pe. Walmir Lima (PT) de que as obras do Mercado do Produtor devem ser retomadas em breve, uma vez que o Governo do Estado disponibilizou recursos para isso, volta a se falar na transferência da feira de verduras para o outro lado da Ponte Mestre Raimundo Duarte, no bairro Boa Vista, quando as obras estiverem prontas. No entanto, a ideia não agrada aos comerciantes que trabalham na feira de verduras, situada na Praça Matias Olímpio.
Assim como a feira de confecções, a área destinada à venda de alimentos é considerada pelos feirantes um local estratégico, devido a grande movimentação de veículos e transeuntes, que fazem compras diariamente. Segundo informações da Secretaria de Turismo e do Desenvolvimento Econômico de Picos, a Praça Matias Olímpio serve de ponto para 100 barracas.
A senhora Maria Dalva da Conceição, 49, informou a equipe do Folha Atual que trabalha na feira de verduras há 35 anos. Ela entende que se houver a transferência, todos os comerciantes serão prejudicados, pois sofrerão com a redução da clientela. “Não queremos que mude, pode perguntar a qualquer um aí, ninguém quer ir pra lá”, comentou.
A feirante Maria Zilda, 57, trabalha na feira da verdura há 31 anos e confirma a opinião da colega de trabalho ao dizer que todos gostariam de permanecer na Praça Matias Olímpio. Ela demonstra esperança de que a mudança não aconteça, uma vez que a proposta é antiga.
Trânsito
Por enquanto, o que há de certeza é que haverá um recuo na feira, uma vez que a Secretaria de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana (STTRAM), pretende garantir a passagem de automóveis e motocicletas pela Praça Matias Olímpio, em frente aos comércios e mercados.
Quando um veículo estiver trafegando pela Rua Cel. Francisco Santos, poderá seguir direto e chegar até a Praça João de Deus Filho, um dos pontos de parada das vãs que fazem o transporte intermunicipal de passageiros na região de Picos. Para tanto haverá um recuo na feira de verduras. Isto será possível com a nova medida que será efetuada nas barracas, pois algumas já teriam passado dos oito metros, além do que é permitido pela lei.