Por Jailson Dias
Os vereadores que disputaram a eleição de 2016 pelo grupo do ex-prefeito Gil Paraibano (PP) e que estão, portanto, na oposição a administração do Pe. Walmir Lima (PT), negam que tenham ficado desunidos depois das eleições para a presidência da Câmara Municipal, realizadas no dia 1° de janeiro deste ano. Quase todos os parlamentares do bloco oposicionista votaram em Hugo Victor, aliado do Pe. Walmir Lima (PT), renovando seu mandato pela terceira vez consecutiva, enquanto os vereadores Carluís Nunes (PSDB) e Afonsinho (PP), recusaram-se a apoiar o candidato governista.
Para a vereadora Valdívia a oposição permanece unida, uma vez que os sete parlamentares vem se reunindo constantemente para traçar diretrizes de trabalho. Ela comenta que apesar de ser oposição, apoiará o que for de interesse para a cidade de Picos. A vereadora enfatizou que continuará apoiando Hugo Victor (PMDB) uma vez que votou nele na eleição do dia 1° de janeiro de 2015.
“Votei porque o legislativo é diferente do executivo; eu sou oposição ao prefeito de Picos, não sou oposição ao presidente da Câmara”, completou.
A vereadora Valdívia disse que não era possível acompanhar Carluís em sua candidatura repentina à presidência da Câmara Municipal porque já tinha prometido o voto a Hugo Victor. Ela alegou que era uma questão de princípios manter a essa postura.
O vereador Dedé Monteiro (PPS) utilizou o mesmo discurso de sua colega parlamentar Valdívia Santos, enfatizando que os poderes são independentes e que fará oposição ao Pe. Walmir Lima, mas, em contrapartida, manterá a sua boa relação com o atual presidente do legislativo, Hugo Victor. “Nada vai atrapalhar de fazer nosso trabalho, mas faremos uma oposição ajudando, com documentos em mãos; vamos fazer uma oposição que possa ajudar o prefeito municipal; se ele estiver errando, diremos que está errando, se estiver acertando, diremos isso também”, frisou.
Vereador Dedé Monteiro
Dedé Monteiro acredita ainda que a oposição pode aumentar caso o vereador Simão Carvalho rache definitivamente com o Pe. Walmir Lima. “Ele nem tá lá nem tá cá, mas está mais para ser oposição”, comentou.
Caso Simão Carvalho decida integrar a oposição, esta passará a contar com oito vereadores e será maioria na Câmara Municipal, o que pode resultar em problemas administrativos para o prefeito de Picos no que toca a aprovação de projetos de seu interesse.