A feira livre de Picos, especificamente as barracas que vendem confecções, deve passar por uma modificação em seu posicionamento, pois a Prefeitura fará alterações significativas no sentido do tráfego de veículos naquele local, com isso a Secretaria de Turismo e do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico convocou mais de 40 feirantes para explicar como seria essa mudança. Nem todos saíram satisfeitos com informação, acreditando que serão prejudicados.
Segundo o titular da pasta, Iata Ânderson, a feira livre é um patrimônio da cidade, mas ele pediu a compreensão das pessoas para essas mudanças. “É uma pequena parte da feira livre no que chamamos de feira das confecções, pois a Secretaria de Trânsito entendeu a necessidade de inverter o fluxo de veículos da travessa (Urbano Eulálio) por trás do Banco do Brasil, Agência Centro”, explicou Iata.
Esse novo sentido já estará valendo depois do carnaval, que acontece entre os dias 25 e 28 de fevereiro. Durante o feriado a sinalização de trânsito do novo trajeto será desenhada. Atualmente a Travessa Urbano Eulálio é uma via de acesso para a Praça Félix Pacheco. Como a mudança ela seguirá o sentindo inverso, permitindo que os veículos entrem na feira livre e sigam até a Ponte Mestre Raimundo Duarte, caminho mais curto para a BR 316.
Com essa modificação pelo menos 40 bancas de vendas de roupas terão de mudar a sua localização na feira livre. Iata explica que muitos terão de “afastar” as suas bancas para a abertura de uma nova via para o tráfego de veículos. “Ninguém será trocado de lugar, vão apenas recuar para que tenham uma reta e saiam ali de frente da a Igreja Matriz”, comentou.
A princípio o tamanho das barracas não será afetado, pois há o plano de começar a transferir a feira livre para o Mercado do Produtor, cujas obras podem ser retomadas.
Preocupação
Apesar da explicação para modificação da feira livre, muitos pequenos comerciantes ficaram insatisfeitos. Alguns temem perder a visibilidade que detém e com isso sofrer uma redução na clientela, acarretando em mais prejuízo. Esse é o caso do comerciante Evilásio Lima, que há cinco anos trabalha com a venda de confecções na Praça Justino Luz.
Ele acredita que essa mudança gerará transtornos e nenhum benefício para a população. “Tenho quase certeza de que 90% das pessoas que participaram da reunião ficaram insatisfeitos”, comentou. Evilásio explicou que o seu temor por perder o local onde trabalha atualmente se deve, principalmente, aos dois últimos anos de redução nas vendas, amargando constantes prejuízos.