Sexta-Feira, 11 de Outubro de 2024

Vereador Afonsinho acusa presidente da Câmara de limitar direitos da oposição; Hugo Victor responde

Publicado em 11/07/2016
Por Jailson Dias
be7890bab464726deeda20f0b600.jpg
be7890bab464726deeda20f0b600.jpg
Afonsninho e Hugo Victor divergem quanto a direitos dos vereadores/Jailson Dias

Em entrevista ao Folha Atual o vereador Afonso Guimarães, o Afonsinho (PP), acusou o presidente da Câmara Municipal de Picos, vereador Hugo Victor (PMDB), de limitar os seus direitos como parlamentar. Ele afirmou que o presidente do legislativo está providenciando um decreto que irá transferir para o presidente a nomeação dos chefes de gabinete, com isso ele poderia nomear apenas um auxiliar. Além dele sairão prejudicados Carluís Nunes (PSDB) e Simão Carvalho (PSD). “Não teremos direito a assessores. Ele quer tirar o direito de quem não votou nele. Isso se chama perseguição”, protestou.

Afonsinho cita o Artigo 28 do Regimento Interno da Câmara Municipal, onde consta que cada vereador tem direito a um chefe de gabinete e dois assessores parlamentares. “Então ele quer tirar os assessores e ficar de nomeação da presidência, nomeando os assessores para os seus parlamentares e deixando a oposição sem cargo algum”, comentou Afonsinho.

O vereador da oposição disse ter ficado sabendo dessa media por acaso, ao procurar a Secretaria da Câmara Municipal e tomar conhecimento do decreto que será vota em duas sessões extraordinárias na próxima quinta-feira, 02, quando serão retomados os trabalhos do legislativo. Essa sessão deve acontecer após a leitura da mensagem do executivo pelo Pe. Walmir Lima (PT).

A decisão de Hugo Victor teria sido tomada em reunião realizada pelo presidente juntamente com os outros 11 vereadores que o apoiam. “O mandado de segurança vai acontecer mais uma vez”, comentou Afonsinho.

Hugo Victor

Em resposta o presidente da Câmara Municipal de Picos, vereador Hugo Victor, declarou que sempre teve um bom dialogo com os demais parlamentares, e que chegou a conversar com Carluís e Afonsinho. “Sempre em cada administração, a pessoa quando vota, apoia o candidato, participa da administração, não tem ninguém sendo tratado de maneira diferente, a verba de gabinete, a verba indenizatória, é paga igualitariamente para todos os vereadores”, respondeu.

Quanto aos cargos comissionados ele frisou que é normal que os vereadores que votaram na administração por dois anos, terem as suas indicações. Hugo Victor lembrou o período em fez oposição ao então presidente da Câmara Municipal, Iata Ânderson (PSB), em 2011/2012. “Eu tinha a indicação do meu chefe de gabinete e mais nenhuma, e nem por isso saí falando mal do vereador Iata. Eu sabia que meu direito era aquele, a verba indenizatória e o meu chefe de gabinete. Então, quem não votou na administração atual tem direito ao seu chefe de gabinete e a verba indenizatória”, comentou.

Segundo o presidente da Câmara a verba de gabinete foi acordada com os vereadores, ainda em 2016, em R$ 3750,00, mas devido a reforma da Câmara Municipal realizada nesse início de ano, esta foi reduzida para 2.750,00 em janeiro, mas deverá subir.

Sobre a questão do mandado de segurança que Afonsinho e Carluís prometem ingressar contra ele, Hugo Victor disse apenas que responderá na justiça quando a Câmara Municipal for acionada.

Lei em vigor segundo Afonsinho

 

Novo decreto a ser votado na quinta-feira, segundo Afonsinho.

Matéria relacionada:

Vereadores da oposição cobram direitos e ameaçam mandado de segurança

Comentários