Pe. Walmir comenta processo de nucleação das escolas municipais

Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira, 25, na sala de reuniões do Palácio Coelho Rodrigues, o prefeito de Picos, Pe. Walmir Lima (PT), comentou o processo de nucleação pela qual devem passar 14 escolas municipais cujo número de alunos é considerado insuficiente. Ele recebeu no dia anterior uma comissão de moradores do bairro Morro da AABB pedindo que a Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida continue funcionando neste ano de 2017, mas alegou que o colégio precisa atingir um número maior de alunos.

“Eles concluíram o ano de 2016, e não tinha 70 alunos, e ontem, com todo o esforço, nós chegamos a 100 alunos, mas para esse ano, nós vamos fazer a experiência, e no próximo ano voltarmos a discutir o funcionamento da escola nessa comunidade”, comentou o Pe. Walmir.

Segundo o prefeito está havendo a redução de estudantes na rede municipal de ensino a cada ano, tornando inviável a manutenção de algumas escolas. “Em Picos nós temos vários colégios em vários bairros da cidade em que o número de alunos é insuficiente para o número de servidores, para você ter uma ideia, tivemos turmas que concluíram o ano com um aluno, colégios com 12 funcionários e 30 alunos”, explicou.

O prefeito informou que cada aluno custa em média R$ 2.000,00 ao município, mais um motivo para a nucleação das escolas, ou seja, união de mais de um colégio em um único prédio, como tem recomendado o Ministério da Educação e Cultura. Para o prefeito não é mais viável as chamadas “turmas multisseriadas”, quando alunos de séries/anos diferentes estudam na mesma sala de aula. “Nós começamos a nuclear, conversar com as comunidades e oferecer transporte, como estamos fazendo, e algumas aceitaram”, declarou.

Pelo menos 14 escolas serão fechadas para serem abertas junto com outros colégios, no chamado processo de nucleação. Além da alegada questão da qualidade de ensino, o Pe. Walmir comentou que não se justifica investir em prédios particulares, onde algumas escolas funcionam. “Nós já tivemos experiências não muito positivas com prédios particulares, em fazer investimentos em que depois o município sai perdendo”, comentou.