Deve ser criado em 2017 pela Coordenadoria de Direitos Humanos e Livre Orientação Sexual o “Prêmio Municipal de Direitos Humanos”, premiação que reconhece e homenageia pessoas que se dedicam à prática do amor ao próximo. Segundo a coordenadora, Jovanna Cardoso, o prêmio já existe na esfera nacional e estadual.
“Temos pessoas que cuidam de idosos, de crianças, à proteção dos animais e tantas outras ações que incentivam o amor para com o próximo, que decidimos instituir esse reconhecimento e essa homenagem a essas pessoas. Esse prêmio vem jogar luz sobre essas ações, de forma a incentivar outras pessoas a também fazerem o mesmo. Isso já acontece na esfera nacional e estadual”, disse Jovanna.
Além disso, a coordenadoria pretende realizar em breve uma nova edição do casamento coletivo, desta vez com número maior de participantes e aberto para a demanda LGBT para os casamentos homoafetivos. “É nosso dever fomentar os Direitos Humanos em sua amplitude, independente de raça, cor, religião ou orientação sexual”.
Sobre a preocupação com a causa da LGBT Fobia, a coordenadora afirmou que em Picos não existem dados concretos dessa violência porque ela acontece de forma velada: “hoje a violência contra um LGBT acontece em forma de segregação, de menosprezo e de inferiorização. As pessoas têm o preconceito, mas pensam muito antes de externá-lo. Talvez isso ocorra pela forma como a militância tem combatido, dentro da lei”.
Ela declara ainda que Picos precisa de um núcleo dentro da Delegacia Regional da Polícia Civil que atenda a essas demandas: “O atendimento dado pelos delegados aos LBGTs é péssimo, os crimes nunca são tipificados como LBGT Fobia, sempre são classificados como injúria”, lamentou.