Início do período chuvoso preocupa Centro de Controle de Zoonoses

O governo do estado divulgou no início de dezembro um boletim da 48ª Semana Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e o mesmo aponta uma redução de 32% nos casos de dengue em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados referem-se ao período de janeiro a 7 de dezembro. Foram registrados 5.156 casos de dengue em 149 municípios piauienses.

Os casos de chikungunya no Piauí chegaram a 2.107. Já em relação ao zika, foram registrados 224 casos. Também há registro de três óbitos por arboviroses, sendo um por zika, um por dengue e um por chikungunya. Em Picos o boletim registrou que este ano três casos prováveis de Zika Vírus foram notificados; de Dengue foram notificados 110 casos prováveis - nesse quesito, Picos ficou atrás apenas de Teresina, Cocal e Simões.

Em Picos, com a chegada da chuva, as autoridades responsáveis pelo combate ao mosquito causador destas doenças, o Aedes Aegypti, estão preocupadas. Segundo o coordenador do CCZ - Centro de Controle Zoonoses de Picos, Agenor Martins, a chuva representa, além da esperança, preocupação para quem trabalha em saúde pública. 

“No período chuvoso aumenta o grande número de depósitos com água que vão se constituir em verdadeiros criadouros para o Aedes Aegypti. Ele se reproduz e se prolifera absurdamente e essa proliferação desenfreada gera risco e preocupação à saúde da população. O Centro de Controle de Zoonoses, responsável pelas ações de vigilância ambiental trabalha na perspectiva de reduzir o número de focos e evitar que o mosquito não se desenvolva para causar doenças”, disse Agenor.

Ele alerta para isso e pede que a população mantenha as medidas de prevenção, como verificar se a caixa d’água está bem fechada, não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada, não acumular água em vasilhames, colocar areia nos pratos dos vasos de planta, dentre outras iniciativas que auxiliam no controle da doença.

Ao todo são 33 agentes de endemias no Centro de Controle de Zoonoses de Picos para atender uma demanda de 41.700 imóveis na zona urbana e zona rural, divididos entre residências, comércio e terrenos baldios. A cada dois meses os agentes visitas os imóveis levando informações e vistoriando os mesmos.

“A população é nosso maior parceiro. Se cada pessoa tirasse cinco minutinhos pelo menos duas vezes na semana para vistoriar o seu ambiente domiciliar ou comercial, nós teríamos um controle muito eficaz do mosquito. Além disso, clamamos ao poder público para que faça a coleta do lixo e que a população acondicione corretamente o seu lixo. A cada dia surge uma doença nova causada pelo mesmo vetor”, disse o coordenado do CCN.