Segunda-Feira, 14 de Outubro de 2024

Professora escorrega em desnível de calçada e espera mais de 30 minutos pelo SAMU

Publicado em 16/04/2016
Por Jailson Dias
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Professora recebendo atendimento/Jailson Dias

A professora Vanessa Rodrigues Cunha fazia compras na manhã desta terça-feira, 08, quando escorregou no desnível de uma calçada em frente à feira de verduras, no centro de Picos. Ela ligou para o marido, Raimundo Nonato de Sousa Silva, que é guarda municipal de trânsito, pedindo socorro. A partir de então ele fez várias ligações para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) solicitando atendimento. Como a autorização para os atendimentos tem de partir de Teresina, a ambulância demorou mais de 30 minutos para chegar até o local e conduzi-la para o hospital.

Em entrevista ao Folha Atual,  após o socorro, Raimundo Nonato frisou que a demora aconteceu devido a ligação ser atendida apenas em Teresina, para só então ser transferida para Picos, a partir de onde as ambulâncias são enviadas para os atendimentos. Essa modificação foi realizada ainda durante a administração do ex-prefeito Kléber Eulálio, pela então secretária de Saúde, Ana Eulálio, rendendo na época muita polêmica. Até então a sede do SAMU em Picos recebia as ligações diretamente.

“Teresina é quem libera, e na primeira vez disseram que se não tinha quebrado (a perna), deveríamos pegar um carro e levá-la para o hospital, mas não somos técnicos para saber se quebrou ou não quebrou, foi então que ligamos de novo e eles prometeram enviar a ambulância”, protestou Raimundo Nonato.

Ele ainda chegou a ligar para o polo do SAMU de Picos, mas recebeu como resposta que apenas a central em Teresina pode autorizar o deslocamento das ambulâncias para atender as vítimas. Raimundo frisou que a sua revolta se deveu não ao tempo levado para que a ambulância chegasse ao local onde sua esposa aguardava atendimento, mas a demora por parte de Teresina em liberar o atendimento.

O tempo de resposta das ambulâncias do SAMU poderia ser bem mais rápido se não dependessem da autorização de Teresina.

Calçadas

O acidente sofrido pela professora Vanessa Rodrigues Cunha revelou outro problema, os desníveis existentes nas calçadas de Picos, que além de pôr risco a integridade física dos cidadãos, também dificulta o deslocamento de pessoas com necessidades especiais.

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