Diferentemente dos seres humanos, a maioria dos cães só consegue eliminar o calor quando ofega (respiração) ou com a ajuda de glândulas sudoríparas, que ficam nas almofadinhas de suas patas. Às vezes, porém, apenas ofegar não é suficiente e a temperatura corporal pode se elevar, especialmente se o animal tiver pelagem grossa. Se não for socorrido a tempo, o cão pode morrer em situações como essa.
A hipertermia, ou excesso de calor, pode ser identificado aos primeiros sinais de mal-estar ou quando o cão ofega de forma excessiva. Estes sintomas são comuns quando os animais ficam presos dentro do carro ou em locais fechados, mas também podem ocorrer em áreas externas, principalmente se não houver sombra ou água.
Segundo a médica veterinária, Aryclene Negreiros, o excesso de calor pode causar problemas que não são visíveis, como o inchaço do cérebro, insuficiência renal e a coagulação anormal do sangue.
“Um exemplo é a raça de cães Bulldog Francês que sofre com certa frequência de hipertermia. Lembrando que hipertermia é diferente de febre, não passa com antitérmicos, precisa de banhos gelados e atendimento de emergência”, explicou ela.