>>>Praticamente todos os dia o Congresso Nacional nos dá porradas
Por: professor Orlando Berti*
O Brasil de mais de 200 milhões de habitantes tem 513 deputados federais e 81 senados. Eles fazem parte do Congresso Nacional e representam as 27 unidades federativas. No caso os deputados representam a população no sentido proporcional e os senadores os estados de maneira numérica. Por isso o Piauí tem só dez deputados federais. O número de senadores é igual ao de qualquer uma das outras unidades federativas.
Muitos desses representam milhões de votos, esperanças e muita confiança. Um deputado federal ou um senador tem o poder de mudar a História do País. Mas esse poder tem mudado a história de muitos umbigos e poucas da população em geral. Cada vez mais, e em maneira crescente, defendem os interesses coletivos. Um paradoxo, pois é a coletividade que os coloca no Congresso.
Como pessoas de, teoricamente, tão gabarito e responsabilidade saem dando porrada, com ideias esdrúxulas e contra a população? E não é porrada para defender o povo! Mas sim para manter um sistema de governo que apanigua alguns e está mais enrolado que fumo de Arapiraca. O interesse coletivo vai para as cucuias.
Antes fazia-se as jogatinas, as negociatas nos bastidores, nos esconderijos da nojenteza do poder. A cara de pau é tão grande que o pensar no umbigo desses políticos é feito em rede nacional de televisão e tudo ao vivo. Dia após dia. Há até jantares polpudos para sacramentar essas situações.
Pela Constituição Federal (sim, aquele documento que era para ser a base máxima da moral do País mas que quase ninguém sabe o que tem e pouco lê) diz que um deputado federal ou um senador tem o dever de: propor, modificar, aprovar e discutir leis, bem como fiscalizar o Governo juntamente com o Tribunal de Contas da União; investigar denúncias através de Comissões Parlamentares de Inquérito, dentre uma série de outras atribuições.
Mas, em vez de fazer tudo isso, o que temos visto nos últimos dias é um verdadeiro ringue e vários desrespeitos aos cidadãos. E não é no sentido metafórico, é ringue mesmo. E, dia após dia, a porrada (licença da palavra) tem comido solta entre nossos digníssimos parlamentares. Um UFC às avessas. Sem direito a vencedor ou a disputa de cinturão.
O termo lutar tem sido usado à risca.
Pena que essa luta não seja a favor do povo. Quando vão entrar na porrada para defender melhor Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Transporte, Segurança Pública e série de outras demandas sociais prementes?
Lamentável!
E, como já dizia o rapper Gabriel O Pensador, “Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!) Até quando vai ficar sem fazer nada? Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!) Até quando vai ser saco de pancada?”.
>>>COM HUMOR, TUDO RENDE MAIS
*Por Graça Moura
Pois é, inclusive trabalho. Fico pensando nos trabalhadores mal humorados e querendo sugerir para eles, que o trabalho, pode render mais, ser mais saudável, com humor. A impressão é que os irritados de plantão, pensam que vão matar os usuários de seus produtos e serviços, na unha. Ledo engano... Podem até matar, sim, mas, correm o risco de morrer primeiro, inclusive de raiva... a ciência aponta para isso.
David Baum, um consultor da W.H Gray Associates e também adepto do bom humor, acredita que o humor é o melhor termômetro para se avaliar a qualidade de trabalho de uma empresa. Acredito nisso, firmemente...
Dizia ele, com propriedade, e eu comungo dessa ideia: “digam-me do que os funcionários estão rindo (ou deixando de rir) e eu direi para que tipo de empresa trabalham”.
Sou, favorável, portanto, ao desenvolvimento do humor. Já sabemos que ele tem efeitos terapêuticos, reduz tensões e pode melhorar a qualidade dos relacionamentos das pessoas, dentro e fora das organizações.
De que adianta ter competência técnica e ser um “cavalo batizado” na interação com colaboradores, e nos relacionamentos com os mais diversos segmentos da organização?
Penso ser de fundamental importância o desenvolvimento do saber técnico. Valorizo também o diploma, os títulos acadêmicos, claro! O domínio da área de atuação é imprescindível, mas, considero também o bom-humor condição indispensável e ferramenta poderosa para o enfrentamento das mazelas diárias e dos abalos aos quais estão sujeitos todos que ocupam posições dentro das organizações.
Nenhuma empresa está livre de enfrentar altos e baixos, reestruturações que podem trazer demissões como consequência e a tradicional troca de lideranças (ou chefias como ainda querem alguns).
Não tenho dúvida de que o bom-humor pode alterar o comportamento das pessoas em relação aos problemas específicos das organizações e pode funcionar como antídoto ao pessimismo, às grosserias e às vezes até aos eventuais atos de violência que podem ocorrer no interior de qualquer Empresa ou Instituição (de trabalho ou familiar).
Recomendo e sou favorável à busca incessante do bom-humor, da leveza, da serenidade. Não é fácil, mas, é possível. Que tal experimentar?
Experimente... Aristóteles dizia com muita sabedoria: “Somos o que fazemos repetidamente. Por isso, o mérito não está na ação, mas no hábito”. Que possamos todos render mais no trabalho e na vida, fazendo crescer o nosso espírito e cultivando nosso bom-humor.
Diz um provérbio chinês que “nada assenta melhor ao corpo do que o crescimento do espírito”. E, o crescimento do espírito, já sabemos, é fonte de saúde e de bom-humor, consequentemente.
Graça Moura é Psicóloga, formada pela Universidade Federal de Pernambuco
CRP 11/03068