Segunda-Feira, 14 de Outubro de 2024

Programas federais evitaram o êxodo rural em Picos, afirma sindicalista

Publicado em 09/03/2016
Por Jailson Dias
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Agricultores permanecem nas terras mesmo com a chuva/Jailson Dias

Há cinco anos o Nordeste brasileiro vive a sua pior estiagem desde a década de 1930, com isso muitas pessoas tem abandonado a lavoura em busca de melhores condições de vida na cidade. Pelos municípios da região pode-se perceber que algumas terras parecem ter sido abandonadas. No entanto, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Picos, Francisco Pereira de Sousa, o Tito, a situação podia ser bem pior.

O sindicalista explica que graças aos programas federais muitos agricultores têm permanecido em suas terras na expectativa de que a situação melhore.

Tito não se refere apenas ao Garantia Safra, que contempla mais de dois mil agricultores na cidade de Picos todos os anos, mas a programas, como o PRONAF, que antes eram destinados apenas aos grandes proprietários de terras, e desde o governo Lula foi estendido a todos os agricultores que comprovassem poder pagar as dívidas.

Com o prolongamento da estiagem muitas dívidas bem como os prazos de pagamentos passaram por um processo de renegociação. Tito diz não saber como ficará a situação do trabalhador rural com a mudança no comando do Governo Federal, mas frisa que os programas adotados por Lula e Dilma evitaram que muitos fossem para a periferia das grandes cidades, como aconteceu por décadas no Brasil.

Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Picos, a população de agricultores na cidade é de 15 mil pessoas. Apesar de perceber que algumas “roças” parecem ter sido abandonadas, ainda não foi feito um levantamento para saber o número de pessoas que largaram a terra como fonte de renda. Tito disse acreditar que esses agricultores retornarão caso o período chuvoso de 2017 seja melhor do que nos anos anteriores.

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