Desde a primeira união civil entre pessoas do mesmo sexo a cidade de Picos já sediou 14 casamentos igualitários. Segundo a coordenadora da Coordenadoria de Direitos Humanos e Livre Orientação Sexual, Jovana Cardoso, as uniões estão acontecendo de forma discreta, sem alarde. As partes envolvidas estão decidindo viver juntas perante a lei sem fazer disso um ato político.
“O que seria bom, transformar em um ato político, porque você fortalece a cidadania, mas cerca de 14 uniões entre pessoas do mesmo sexo já aconteceram na cidade de Picos”, frisou.
Apesar da união civil entre pessoas do mesmo sexo ter sido autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não pelo Congresso Nacional, através de uma emenda à Constituição Federal de 1988, Jovana Cardoso afirma que o casamento entre dois iguais não possui nenhuma limitação jurídica, tendo o mesmo valor que um casamento entre heterossexuais.
“Não existe diferença, é um casamento como outro qualquer, porque antes era apenas união estável, que já teria sido liberada há muitos anos atrás, mas hoje o STF liberou o casamento, e os deputados não avançam até porque esta pauta já está vencida. Tanto faz ou não o Congresso aprovar, pois já é lei”, frisou.
Segundo Jovana Cardoso o movimento LGBTTS em todo o Brasil está voltado para outras lutas, como a criminalização da homofobia. Provavelmente será o STF a determinar esta causa. Jovana Cardoso informou que pode ser caracterizada como homofobia manifestações de ódio contra homossexuais, como a utilização de palavras pejorativas.