Segunda-Feira, 14 de Outubro de 2024

Queimadas: números de 2016 superam os de 2015

Publicado em 09/02/2016
Por Marta Soares
bfd40d409aea5212d4cd1df88a7c.jpg
bfd40d409aea5212d4cd1df88a7c.jpg
Corpo de Bombeiros e militares em ação/Corpo de Bombeiros de Picos

Diante dos constantes incêndios ocorridos nos últimos dias em Picos, o Folha Atual buscou o Corpo de Bombeiros da cidade para fazer um levantamento do número de queimadas e fazer um comparativo com o mesmo período do ano passado.

A comandante do CB, Capitã Ana Cleia Diniz, nos disse que as altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar são os ingredientes necessários para que qualquer fogo, por menor que seja, possa se alastrar e se transformar em um problema.

Este ano, somente no mês de julho, foram registradas 20 queimadas/incêndio a mais que o mesmo período do ano passado. Foram 58 em 2016 e 38 em 2015. Até o dia 17 desse mês já haviam sido registrados 26 e em 2015 35. O mês de agosto apresentou redução de 9 ocorrências, porém, a maior incidência foi de fogo no mato, que é considerado muito mais difícil de conter, exatamente pelos fatores citados: altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. 

Adicione a isso, a precariedade do Corpo de Bombeiros, que mesmo com todos os esforços, não possui meios para rapidamente apagar as chamas. Essas dificuldades são de ordem estrutural, principalmente em relação aos hidrantes e ao número de viaturas disponíveis. A cidade não possui nenhum hidrante público. Para atender a ocorrência da última segunda-feira, dia 15, quando um carro incendiou às margens da BR 316 fagulhas acabaram chegando ao mato, foram necessárias mais de 48h para que o fogo fosse contido, e com a ajuda de carros pipas e moradores da região que possuíam poços para abastecer a viatura. Enquanto tentavam controlar o fogo, outras ocorrências chegaram ao quartel do Corpo de Bombeiros, mas não haviam viaturas para atender.

Apenas uma viatura, a ABT, possui reservatório de água, cinco mil litros. Segundo a Capitã Ana Cleia, são os carros pipas que estão fazendo a diferença, já que cada um tem capacidade de 12 mil litros de água, mais que o dobro da viatura ABT. “Nossa viatura não é para incêndio florestal, ela é para a cidade. Agradeço muito a colaboração voluntária dos pipeiros, dos militares do 3º BEC e de todas as pessoas que estão cedendo água de seus poços para que possamos conter o fogo”, disse.

Nesta quinta-feira, dia 18, outro grande incêndio no mato foi registrado. Ao meio dia o CB foi informado de que o fogo se alastrava do povoado Pitombeiras passando pelo povoado Alegre. As chamas já estavam chegando a Aroeiras do Itaim e aos Torrões. Uma guarnição dos bombeiros se dirigiu imediatamente ao local após a informação. De acordo com Ana Cleia, muitas roças foram queimadas e o fogo ainda tenta ser controlado.

Comentários