Domingo, 13 de Outubro de 2024

Financiamentos garantem alta do mercado imobiliário picoense

Publicado em 14/11/2015
Por Jailson Dias
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Herbert Galeno, corretor de imóveis/Jailson Dias

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Os financiamentos bancários tem garantido a manutenção da alta do mercado imobiliário na cidade de Picos, mesmo com a crise financeira que assola o país, as vendas de casas e apartamentos erguidos por construtoras continua tendo uma procura acima da média. Os bancos mais procurados pelos clientes são a Caixa Econômica Federal (CEF), devido a sua função social, e o Banco do Brasil (BB). Ambos possuem as taxas de juros mais baixas do mercado e um prazo de pagamento “a perder de vista”, podendo chegar a 30 anos.

A movimentação de clientes nas agências bancárias picoenses é constante e pode ser facilmente observada. Esse “boom” da casa própria em Picos teve início após o início do governo Luís Inácio Lula da Silva, que facilitou as linhas de crédito.

Outro fato facilmente observado são as inúmeras construções que continuam a ser verificadas por toda a cidade, permitindo uma verdadeira expansão urbana. Segundo o jornalista e consultor imobiliário, Luciano Barbosa, Picos tem sido visada até por pessoas de outros Estados que pretendem edificar casas mais baratas aqui na cidade.

Ele destacou que tanto residências recém-construídas, como casas mais antigas tem sido postas à venda. Muitas placas de “vende-se” e também de “aluga-se” podem ser notadas com cada vez mais frequência. O que estaria inviabilizando alguns negócios seria os altos preços. Picos possui um dos metros quadrados mais caros do nordeste, custando em média R$ 10 mil.

Luciano fala sobre outro detalhe importante, pois mesmo com as milhares de casas financiadas a baixíssimo custo pelo governo federal através do “Minha Casa, Minha Vida”, a busca pelo financiamento nos bancos se mantém constante. Bairros como Ipueiras, Belo Norte, Passagem das Pedras e Boa Vista tem sofrido uma verdadeira explosão demográfica. Alguns destes bairros, como o Belo Norte, ainda carecem de infraestrutura básica, principalmente pavimentação das ruas.

O “Minha Casa, Minha Vida”, contudo, não se trata apenas de um programa social, mas também de linha de financiamento, com juros mais baixos. É justamente nessa área que a maioria dos picoenses tem buscado a construção de suas residências, cujo valor gira em torno de R$ 120 mil, acima disso o padrão já é classe média, portanto, o financiamento é mais caro.

O corretor de imóveis Herbert Galeno salienta que os preços das moradias estão elevados, o que limita um pouco a procura, ou seja, as vendas poderiam ser bem maiores. Ele frisa que a questão mais delicada para que um trabalhador consiga o financiamento de sua casa é a comprovação da renda. Item indispensável na hora das negociações e que, às vezes, inviabiliza a concretização do negócio. No entanto, a expectativa é o mercado imobiliário picoense continue aquecido pelos próximos meses.

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