Presentes em quase todos os cantos do mundo, as rãs, da família dos anfíbios sem rabo, também chamados de anuros, sempre foram encontrados em grandes quantidades pela cidade de Picos; verificadas em todos os bairros. Mas nos últimos anos tem se notado muito a presença desses pequenos animais de sangue frio, pele lisa e gosmenta.
Apesar da aparência, que causa principalmente nojo, as pequenas saltadoras não são venenosas e servem até de iguaria em alguns países do mundo.
A bióloga Nilma Nascimento, mesmo não tendo um estudo específico sobre as rãs, explica que a multiplicação delas pode estar ligada a dois fatores: desequilíbrio ambiental e o crescimento descontrolado da cidade.
No primeiro caso, pode ter havido uma redução dos animais que se alimentam dos anfíbios, como cobras e pássaros. O segundo se autoexplica, pois houve uma expansão das residências da cidade de Picos, chegando a pontos onde antes havia apenas mato, como o Belo Norte, Jardim Natal, Pedrinhas.
As rãs e seus parentes próximos, sapos e pererecas, se alimentam principalmente de insetos e animais peçonhentos, como escorpiões. Muita gente se incomoda com a presença delas e procura afugentá-las, pois, assim como eliminam os insetos, também podem atrair os predadores mais perigosos para dentro de casa, como as cobras.
Ainda há muita confusão para diferenciar rãs, sapos e pererecas. Segundo a revista Mundo Estranho, as primeiras podem ter de nove a 30 centímetros e vivem principalmente em lagoas. Dentro de casa, costuma estar perto da água e escalam paredes. O segundo chega a 25 centímetros e é encontrado principalmente no chão. O sapo expele veneno caso seja comprimido. E as últimas são as menores, menos de 10 centímetros, e vivem em galhos de árvores.