Domingo, 13 de Outubro de 2024

Crise na construção civil piora a cada dia no Piauí

Publicado em 09/10/2015
Por Jailson Dias
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Demissões na construção civil/portalaz.com.br

Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário (Sitricom), desde o mês de novembro as contrações para a construção civil  tem caindo e expectativa é que a situação continue com números negativos.

No ano passado, a construção civil no Piauí demitiu mais do que o índice nacional de desemprego no setor. De dezembro de 2014 a dezembro de 2015, o patamar de fechamento de canteiros de obras, em todo o Brasil, foi de 14%. No Piauí, atingiu 23% , o equivalente a 9 mil operários desempregados.

“Desde novembro o número de contratações diminuíram de forma considerável. Antes uma empresa que tinha um quadro de 600 funcionários, hoje está com apenas 100.  Na capital não há grandes empreendimentos, as obras públicas quando não estão paradas, se arrastam a passos lentos e as poucas que estão em andamento reduziram o número de funcionários”, afirma Carlos Magno, presidente do Sitricom.

O Sindicato dos Empresários da Construção Civil no Estado participou de uma reunião com a Superintendência da Caixa Econômica Federal para discutirem a cerca da liberação de recursos que incentivem a construção civil.

Mesmo diante dessa possibilidade de melhoras para o meio, o presidente do Sindicato dos Empresários da Construção Civil no Estado acredita que a expectativa ainda não é positiva.

 “Esses primeiros três meses de 2016, as coisas caminham na mesma direção do ano passado, sem nenhuma expectativa de melhora. A única solução é fazer o Brasil voltar a crescer, nas crescer através de investimentos e não de consumo”, afirma André Baía, presidente do Sindicato dos Empresários da Construção Civil.

A construção civil é uma espécie de termômetro do situação financeira por que passa o país, quando as coisas vão bem, ela “vai de vento em polpa”, mas quando a situação não vai bem, é a primeira a sentir os efeitos da crise.

“É aqui onde as pessoas da classe menos favorecida tiram o sustento da família, de seus filhos. É aqui onde eles garantem o alimento na mesa. Essa redução das vagas nos canteiros, deixa claro a sintonia da construção civil com os problemas por que passa o país. É preciso que se tenha um pacto político para dialogar com a sociedade, não precisa inventar a roda”, fala André Baía, finalizando que “é triste ter que mandar um pai de família, sem muita oportunidade de conseguir emprego, ir embora do trabalho”,finaliza.

Fonte: portalaz.com

 

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