Camelôs da Josino Ferreira pedem a Prefeitura de Picos novo local para trabalhar

Quem trafega na Praça Josino Ferreira pela manhã, nota que ainda há uma grande movimentação de pessoas, algo que deve continuar, por se tratar de uma praça central da cidade de Picos, mas para os camelôs que lá trabalham, a agitação e as vendas tiveram um declínio acentuado.

Hoje, essas pessoas que sobrevivem do comércio informal, pedem a Prefeitura de Picos que providencie um novo local para que possam continuar trabalhando e sustentando as suas famílias. Os camelôs não exigem um local específico, mas esperam, sobretudo, que seja movimentado, para a retomada das vendas, em especial nos pontos onde as vans e micro-ônibus das cidades vizinhas fazem parada.

Esse é o caso da senhora Maria Francisca, que há cinco anos trabalha vendendo lanches na Praça Josino Ferreira. Ele afirma que as vendas caíram desde a ação do Ministério Público, que apreendeu os CDs e DVDs piratas comercializados no local. Isso teria afastado muitas pessoas. Mas ela lamenta, sobretudo, a nova rota das vans e micro-ônibus, proibidos de estacionar e fazer parada naquela praça. “Tá fraco, às vezes a gente volta para casa sem ter vendido nada”, frisou.

Maria Francisca acredita que a Prefeitura de Picos deveria providenciar uma rodoviária intermunicipal para que os camelôs e vendedores da Praça Josino Ferreira não fiquem desempregados. Ela afirma que não se importaria de pagar uma taxa e diz estar ciente dos planos da administração municipal para a Josino Ferreira, mas pede pressa.

O pequeno comerciante Manoel de Jesus, que há nove anos trabalha na Josino Ferreira, endossa o pedido da sua colega. Ele afirma que sustenta a família através das vendas de lanches e espera ir para um local onde possa retomar os negócios satisfatoriamente. “Caiu muito as vendas da gente depois que os ônibus pararam de estacionar aqui”, frisou.

Em uma volta pela Praça Josino Ferreira na manhã do dia 1° de março foi possível contar 10 barracas de lanches, seis para vendas de miudezas, quatro de roupas e redes, três carrinhos de água de côco e cinco carrinhos de doces e bombons. Mas esse número, é claro, varia bastante ao longo da semana.

A Prefeitura de Picos chegou a sugerir que os camelôs, cujo material foi apreendido, trabalhassem no Picoense Clube, mas a diretoria do clube informou que não cederia o espaço para práticas comerciais uma vez que a finalidade do picoense é oferecer lazer e bem estar para a população. O plano imediato da Prefeitura é tornar a Praça Josino Ferreira um centro cultural da cidade de Picos.