Segunda-Feira, 07 de Outubro de 2024

Mesmo sem casa, orçamento do Flamengo prevê receita maior com bilheteria que em 2015

Publicado em 07/09/2015
Por Jailson Dias
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Flamengo vai ter de conviver com as viagens constantes em 2016/Jorge William / Agência O Globo

Não é apenas a impossibilidade de contar com o Maracanã que expõe o time do Flamengo ao desgaste da maratona de viagens. A caravana rubro-negra Brasil afora também é justificada pela necessidade de cumprir uma meta que parece fora da realidade em meio à falta do maior estádio da cidade: a receita prevista com bilheteria é de R$ 50 milhões, R$ 1 milhão a mais do que o orçado para o ano passado, quando o clube teve o Maracanã de janeiro até dezembro.

Assim, o técnico Muricy Ramalho vai ter de engolir em seco as queixas referentes às sucessivas viagens e o consequente desgaste provocado nos jogadores.

A insatisfação do departamento de futebol diante deste cenário é evidente, mas Fred Luz, diretor-geral do Flamengo, garante que o alinhamento é total entre os departamentos. O executivo diz concordar com as reclamações do treinador, mas garante que o plano de sair do Rio para disputar partidas com bom potencial de arrecadação será uma constante no Campeonato Brasileiro.

— É o plano. O nosso orçamento está aprovado, mas foi acordada uma revisão no meio do ano. O orçamento, seja de um clube ou de uma empresa, não é uma peça fixa — ressalta Luz.

As negociações com o governo do Distrito Federal e demais autoridades estão avançadas para que o Flamengo faça do Mané Garrincha o seu teto preferencial no Brasileiro. Questões como custo do aluguel do estádio e a responsabilidade de manutenção estão sendo discutidas pelas partes, e um acordo deverá sair em breve.

Enquanto tenta resolver um problema financeiro e esportivo de um lado, a diretoria trabalha para tapar outros buracos. Como a previsão é de queda no programa de sócio-torcedor, o cumprimento da meta estipulada com verba de patrocínios torna-se fundamental. No cenário pessimista, o Flamengo arrecadaria R$ 35 milhões com patrocínio no peito e nas costas. Até agora, a diferença entre o sonho e a realidade é de R$ 10 milhões.

— Somos o maior ativo do futebol brasileiro. Se não revertemos o quadro atual, teremos de compensar em outras fontes — diz o diretor.

Fonte: EXTRA

 

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