Já estava marcada para a manhã desta sexta-feira, dia 26, uma reunião com os representantes dos principais órgãos de segurança com sede em Picos. Dentre eles Polícia Militar, Polícia Civil, Conselho Tutelar e Judiciário. O tema, a problemática dos menores infratores, foi pauta central da reunião.
Logo no início das falas a conselheira tutelar Valtânia Moura detalhou o acompanhamento que estava sendo feito ao jovem Francisco Lázaro, que foi brutalmente assassinado nesta madrugada, na Rua Nova Descoberta, centro de Picos.
Segundo a conselheira, o jovem era acompanhado pelo CT a pedido da mãe do mesmo, que alegou que o filho estava com comportamento agressivo dentro de casa e já havia sido apreendido pela polícia sob acusação de envolvimento com diversos crimes de assalto.
“A mãe do Lázaro pediu que o Conselho acompanhasse o caso dele e na última segunda-feira, dia 22, a mãe dele nos disse que ele estava muito agressivo em casa e por volta das 11h30 ele mesmo me pediu que o acompanhasse até a delegacia porque ele queria se entregar. Lá ele prestou depoimento e pediu para ser preso, mas como ele não disse onde estavam os objetos frutos dos assaltos e também não entregou ninguém que estava com ele, ele foi liberado e foi para casa. Na terça-feira por volta das 17h, fui acionada novamente porque ele estava destruindo a casa de uma vizinha, ele foi conduzido à Central de Flagrantes com nosso acompanhamento, mas novamente ele não ficou apreendido. Na quarta-feira a mãe dele pediu que nós fôssemos ao Ministério Público para pedir que ele fosse interditado, que fosse preso e lá fomos orientados a dar os encaminhamentos para a internação compulsória para o CAPS-AD e isso foi feito, mas não deu tempo de concluir o fim é esse, ele foi assassinado”, disse Valtânia.
A conselheira declarou que o menor e a família haviam informado que ele estava sendo ameaçado de morte, mas não declinou nomes e nem explicou os motivos, disse apenas que precisava sobreviver.
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