Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

Na disputa de poder todos os partidos ganharam comissões na Alepi

Publicado em 05/09/2015
Por Jailson Dias
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Assembleia Legislativa/Divulgação

De um lado a oposição, do outro a situação. O palco são as comissões da Assembléia Legislativa do Piauí, disputadas, quase a tapa, por grupos que pretendem, cada um, mostrar mais força junto ao Governo do Estado. O embate se acirra mais ainda quando a disputa é pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). É de lá, que sai o voto de constitucionalidade ou inconstitucionalidade das matérias que vão a plenário na Casa.

Mesmo assim, o deputado Evaldo Gomes tem um discurso na ponta da língua: “Votamos pelo bem do Piauí, o que for para o bem, votamos, não existe essa história de oposição, nem de situação. Somos deputado do Piauí, representantes do povo”, disse.

Oposição, situação, ou mesmo “em cima do muro”, o deputado que detém uma presidência de comissão é visto como tendo mais poder do que outro que não ocupa tal cargo.

Especialistas políticos explicam que a CCJ é a comissão mais cobiçada na queda de braço do parlamento estadual, porque ela pode “atrapalhar” ou “beneficiar” outros projetos, considerando-os constitucionais ou inconstitucionais. Temos casos, por exemplo, de projetos inconstitucionais (pelo menos aparentemente) que foram a plenário e aprovados, depois de um “sim” da CCJ, assim como existem outros aparentemente legais que receberam “não” e ponto final.

Na formação das comissões é assegurada a representação legal dos partidos políticos ou blocos parlamentares. Se faz importante para manter a pluralidade de pensamentos, contribuindo para debates que levem em conta diversos pontos de vista, além de evitar monopólios de grupos sobre determinadas comissões. Pelo menos seria essa a teoria.

Nas últimas semanas, a Assembléia Legislativa do Piauí “se viu” mergulhada num embate pelas presidências das comissões. A mais cobiçada (CCJ), ficou com Severo Eulálio, do mesmo PMDB de Themístocles Filho, presidente da Casa. Falam nos bastidores que o macio deputado João Madison teria influciando muito na escolha de Severo, evitando que o bloco oposocionista liderado por Robert Rios emplacasse o nome de Luciano Nunes.

O PMDB ainda ficou com a Comissão de Defesa da Mulher, cuja presidente é a deputada Juliana de Melo Falcão. Já o PSDB manteve Firmino Paulo na presidência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (Firmino é delegado de carreira da Polícia de Pernambuco) e Luciano Nunes na de Administração Pública.

O PTC não ficou de fora. Mantém Doutor Hélio na presidência da Comissão de Saúde, Educação e Cultura, e Evaldo Gomes na vice presidência da Comissão de Infraestrutura. Seu presidente é Gustavo Neiva, do PSB.

O partido do ex-governador Wilson Martins não ficou apenas com a presidência da Comissão de Infraestrutura: Liziê Coelho senta na cadeira da presidência da Comissão de Mineração e Energia.

O PP de Ciro Nogueira também marca território nas comissões da Assembléia do Piauí. Júlio Arcoverdefoi escolhido para presidência da Comissão de Defesa do Consumidor e Meio Ambiente.

O filho do deputado federal Júlio César (e o seu PSD) também foi “ajeitado”: Jorgiano Neto é o presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Juventude.

O PT do governador Wellington Dias também não tem o que reclamar. Flora Izabel é a presidente da Comissão de Fiscalização e Controle de Finanças.

A divisão das comissões teve uma disputa muito acirrada, mas tudo foi equacionado, proporcionalmente, pelo presidente da Casa, deputado Themístocles Filho, de forma que nenhum partido se queixa por não ter sido “agraciado” de alguma forma.

Fonte: portalaz.com.br

 

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