Sábado, 05 de Outubro de 2024

União das Mulheres de Picos promove ato de protesto neste dia 08

Publicado em 05/04/2013
Por Marta Soares
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Neste dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, a UMP - União das Mulheres Piauienses, núcleo de Picos, programou uma série de atividades que marcam a passagem desta data, que em 2013 é lembrada como um dia de protesto.

A partir das 08h desta sexta-feira, o movimento de mulheres irá se concentrar na frente da Delegacia Regional da Polícia Civil, onde funciona a Delegacia Especializada da Mulher. Após uma reunião com o Delegado Regional e com a Delegada da Mulher, o grupo segue até a sede do Fórum.

Na pauta da reunião com a delegada da mulher, diz respeito a atuação da delegacia, que na visão da militante, precisa ser regionalizada. O expediente também será assunto no encontro. "Conforme a Lei, o expediente precisa ser direto. Nós chegamos a conclusão de que a delegacia não funciona de forma especializada, ela está como uma delegacia normal".

Às 16h será realizada uma audiência especial na Câmara Municipal de Picos. Segundo Mazé, não será um momento de comemoração, mas de reivindicação, protesto e apresentação de propostas. "O nosso protesto é contra os assassinatos, principalmente o Francisca Iones de Sousa, 45 anos, no município de Santo Antônio de Lisboa, porque a pessoa indicada como suspeito não chegou nem a ser chamado para ser ouvido", protesta Mazé.

Serão discutidas as políticas públicas voltadas para a mulher. A bandeira levantada pelas militantes solicita a construção de uma "Casa-Abrigo", local que oferecerá apoio para as mulheres e seus filhos, quando estas sofrem violência.

De acordo com a coordenadora geral da UMP na região de Picos, a militante Nega Mazé, também graduada em Direito pela Faculdade R. Sá, no dia 27 de fevereiro membros da UMP foram a Teresina e em ato público conseguiram duas audiências, sendo uma na Assembleia Legislativa com a presença da presidente do Tribunal de Justiça e outras autoridades ligadas aos Direitos Humanos, Segurança e Justiça. O foco das audiências, segundo a Nega Mazé, são os processos envolvendo o assassinato de mulheres. 

De 2011 até este período de 2013, o movimento de mulheres contabiliza a morte de pelo menos 17 mulheres.

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