Segunda-Feira, 07 de Outubro de 2024

Instituições se reúnem para discutir implantação do Grupo de Assistência às Mulheres Vítimas de Violência

Publicado em 26/08/2015
Por Marta Soares
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Autoridades reunidas/Erivan Costa

Nesta manhã de segunda-feira, dia 15, o novo comandante do 4º BPM de Picos, Major Edvaldo Viana, esteve reunido com o Tenente-Coronel Wagner Torres e com diversas autoridades locais para discutir detalhes da implantação do GAMVV – Grupo de Assistência às Mulheres Vítimas de Violência.

Segundo o Tenente-Coronel Wagner Torres, que está deixando o 4º BPM de Picos, o projeto inicial prioriza que doze policiais serão escalados para integrar o GAMVV, e que diariamente em grupos de quatro policiais, sendo uma policial feminina, para atender exclusivamente às ocorrências envolvendo violência contra a mulher.


O lançamento que estava previsto para este dia 15, só acontecerá de fato no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Para a militante Maria José, mais conhecida como Nêga Mazé, o projeto visa oferecer uma rede ampla de apoio às mulheres vítimas de violência e fará com que outros órgãos se empenhem na mesma causa:

“Nossa luta é antiga e sabemos que ainda temos muito o que fazer. Esse projeto vai funcionar como o ‘S.O.S. Mulher’, que nós ainda não temos. Vai ter um número de telefone específico para as ocorrências dessa natureza. Nos finais de semana nos foi repassado que 80% das ocorrências registradas são de violência contra a mulher e isso é um número muito alto. Nós acreditamos que essa seja a realidade mesmo. A cidade não tem mais delegada da mulher, estamos sem delegada e isso é uma tristeza grande. Desde o final de outubro que nós denunciamos e cobramos. Até acredito que o lançamento desse projeto traga um reforço nas cobrança. Nós vamos precisar de uma delegada para investigar e atender a esses casos”, disse Mazé.

O Folha Atual questionou a coordenadora se a “Casa Abrigo” (casa de acolhimento às mulheres vítimas de violência e seus filhos) continuaria sendo cobrada ao gestor municipal, uma vez que Nêga Mazé, como líder do movimento de mulheres e grande representante da causa, batalhou pela mesma por muitos anos, cobrando dos gestores anteriores a construção da casa. Ela disse que era importante relembrar essa velha luta e afirmou que o tema voltará a ser discutido.

Somente no ano de 2015, 79 ocorrências foram registradas, sendo os meses de outubro e novembro aqueles com marca superior a 10 registros.

Veja:

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