Assim que Jorginho decidiu por Jomar para substituir o suspenso Luan, o preterido Rafael Vaz não desanimou. Paciente, aguardou pela oportunidade, que só apareceu porque o próprio Jomar precisou ser substituído. Assim que pisou em campo, olhou para os céus. Parecia já ter combinado com o destino. Quando Rodrigo desviou a bola para dentro da área, era ele quem estava lá para fazer o gol. O domingo que começou com uma notícia frustrante não poderia ter terminado melhor.
— Nada é melhor do que acabar assim o domingo. Poder ajudar os companheiros e dar alegria para essa torcida. É só agradecer agora. É um clássico muito importante para a gente. É uma final. E estou muito feliz de sair assim, tendo ajudado os meus companheiros — afirmou, à Rádio Globo, o zagueiro, que decidiu não dar a camisa usada no clássico para ninguém:
— Essa vai para a minha familia. Vai ficar lá em casa para eu sempre lembrar desse jogo.
De presente, Vaz ganhou um abraço de Jorginho. Depois de um gesto como esse, não era preciso dizer mais nada. Tanto que, ao invés de valorizar o brilho individual do zagueiro, o técnico preferiu destacar a importância dos atletas reservas do Vasco em sua entrevista coletiva:
— Estamos, aqui, formando uma equipe que não são só 11 jogadores. Temos um plantel. Com os meninos da base, somos 32 ou 33 jogadores. E todos têm condições. Foi muito bom ver o Jomar entrando com essa personalidade, o Vaz o substituindo e decidindo o jogo, e o Marcelo Mattos, que vinha de um tempo meio sumido e está recuperando a importância.
Contra o Tigres, no sábado, Vaz terá mais uma chance de brigar por espaço na equipe. Dessa vez quem sofreu o terceiro amarelo foi Rodrigo. Com isso, está fora do próximo jogo. Por mais uma semana, duelará com Jomar pela posição. Mas estrela o herói do clássico já mostrou que tem.
Fonte: EGO