Pelo menos 32 mil perícias médicas estão deixando de ser feitas por causa da greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que já dura quatro meses e teve as negociações cessadas no final do ano. Destas, 11 mil foram marcadas pela primeira vez e as pessoas estão sem receber benefício.
O superintendente do INSS no Piauí, Carlos Viana, disse que pelo menos 30% dos médicos continuam atendendo, de acordo com a legislação, mas que está havendo muita remarcação.
"Pedimos aos peritos que estão trabalhando para priorizarem as novas perícias, porque são pessoas doentes que precisam do benefício para fazerem seus tratamentos e estão sem esse dinheiro. Já os que precisam renovar a perícia, foi acordado que continuarão recebendo o benefício até passarem pela perícia", destacou o superintendente.
Ele completou que a capacidade de atendimento dos médicos no Estado é de 12 mil perícias mês, mas atualmente estão sendo feitas quatro mil. "Pedimos para as pessoas procurarem os funcionários e os próprios médicos no plantão e explicar a situação para que eles mesmos avaliem cada caso e faça o atendimento ou remarque e que priorize os que estão fazendo pela primeira vez", afirma Carlos Viana.
Segundo o superintendente, não há perspectiva da greve terminar, já que as negociações estão paralisadas em Brasília.