Domingo, 16 de Novembro de 2025

Casos de hanseníase tem redução na cidade de Picos

Publicado em 16/06/2015
Por Jailson Dias
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Hanseníase se constitui por mancha indolor na pele/Divulgação

Em média são registrados 100 casos de hanseníase por ano na cidade de Picos, mas tem todos são de pessoas que habitam a cidade modelo. De acordo com o coordenador do Programa de Controle a Hanseníase, Gilberto Valentin, nesse ano de 2015 foram anotados 78 casos, até o momento, mas apenas 28 são de picoenses. “Os outros foram encaminhados para serem tratados em seus municípios”, explicou.

Gilberto afirma que há uma redução gradual, observada desde 2013. Dentre os motivos para essa queda nos casos de hanseníase, estão: a capacitação dos profissionais que trabalham na saúde, assegurando o diagnóstico da doença mais cedo, além da descentralização nos serviços de “estratégia de saúde da família”.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, cuja transmissão acontece através do ar, mas apenas quando a pessoa acometida pela moléstia não está se tratando. Ela pode ser diagnosticada a partir de manchas brancas ou avermelhada na pele, não havendo sensibilidade nesses locais. “É importante frisar que não é só a mancha, mas a alteração de sensibilidade, a mancha tem de ser dormente”, explicou Gilberto.

Ele esclareceu ainda que o tratamento é gratuito e tem início tão logo o paciente procure o posto de saúde mais próximo. A terapia para a cura da doença pode se estender de seis meses a um ano, dependendo do avanço da doença. Uma vez que a pessoa siga o tratamento sem interrupções, ficará totalmente curada.

“No entanto, é importante entender que a hanseníase é uma doença neural, ela provoca lesão nos troncos nervosos, e o nervo de sensibilidade da mão, se for destruído pela doença, trata a cura, mas a mão ficará dormente para sempre”, frisou.

A hanseníase é uma das doenças mais antigas já registradas pelo homem, recebendo inúmeras citações na bíblia com o nome de “lepra”. Quem é acometido por esta enfermidade ainda sofre muito preconceito nos dias atuais, mas já foi muito pior. No passado, Gilberto informou, que as pessoas com hanseníase eram privadas do convívio em sociedade, recebendo inclusive vestimentas próprias para que todos a identificassem como alguém doente.

“Mas de repetente começou-se a estudar e percebeu-se que não tinha nada de castigo de Deus, nem de impureza, mas era causada por uma bactéria”, comentou.

Infelizmente a hanseníase está ligada as camadas menos privilegiadas da sociedade, ou seja, como é uma doença infectocontagiosa ela se prolifera rapidamente em locais onde há grandes concentrações humanas. A doença deixa de ser contagiosa a partir do momento em que o paciente recebe o tratamento.

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