Alcoólicos Anônimos se preocupam com o aumento de dependentes em Picos

Para integrantes da irmandade dos Alcoólicos Anônimos de Picos cresce o número de pessoas que se tornam dependentes de bebidas alcoólicas. Embora não possuam dados oficiais sobre essas estatísticas, eles afirmam serem procurados constantemente por pessoas que admitem sofrer desse problema, bem como pelos familiares que buscam uma saída pra os entes queridos.

Um dos integrantes em questão informa que as reuniões acontecem todas as noites, na sede do AA, localizada em frente a Penitenciária Feminina de Picos, o anonimato de quem participa é garantido. Nessas oportunidades sempre são apresentadas formas de combater esse vício, que a exemplo de algumas doenças crônicas, não tem cura.
“O alcoolismo não tem cura, tem controle, a pessoa pode viver uma vida inteira com esse problema, mas deve permanecer vigilante”, declarou.

A preocupação aumenta pelo fato de as bebidas alcoólicas serem a “porta de entrada” para drogas ilícitas. “Estamos em número pequeno, mas fazendo a nossa parte, e sempre que for preciso estaremos prontos a colaborar com as famílias que sofrem essas consequências”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconizou 12 questões a serem respondidas por quem tem problemas com alcoolismo. O integrante cita alguns dos sintomas do alcoolismo, como apagamento da memória no dia seguinte após uma “bebedeira”, negação do problema, desvio de recursos que deveriam ser utilizados para a compra de itens de primeira necessidade, como alimentos.

“Não temos notícias de saber as causas primárias do alcoolismo, por não sabermos essas causas primárias, dificilmente vai acontecer uma vacina, ou medicamento”, explicou.
 
O número de pessoas que participa de reuniões do AA é rotativo, não é realizada nenhuma espécie de cadastro, pois por se tratar de uma doença emocional, as recaídas podem acontecer, e os integrantes do AA sempre se mostram aptos a apoiar os irmãos mesmo depois de um momento de fraqueza.

Como o próprio nome preconiza, Alcoólicos Anônimos, a identidade dos participantes não é revelada em momento algum, nem mesmo para a realização de uma entrevista, como a realizada para esta matéria. Registros fotográficos também não podem ser realizados. A instituição se mantém apenas com doações dos próprios associados.