Sábado, 15 de Novembro de 2025

Pastoral Carcerária de Picos precisa de apoio

Publicado em 21/05/2015
Por Jailson Dias
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Willitania coordena a Pastoral Carcerária/Jailson Dias

O Cristianismo, maior religião do mundo, prega a realização de ações de caridade para com aqueles que precisam. E esse é o trabalho que a Pastoral Carcerária da Diocese de Picos tem procurado desenvolver com relação aos detentos do presídio José de Deus Barros. No entanto, a coordenadora Willitania Alencar informa que a reduzida equipe precisa de apoio por parte da população e de quadros especializados, como advogados, médicos, assistentes sociais, enfermeiros.

Willitania explica que o trabalho da Pastoral Carcerária é amplo e analisa a situação de cada detento individualmente, além de realizarem louvores e celebrações no presídio, a equipe da pastoral procura acompanhar os encarcerados caso a caso. Como exemplo ela cita a revisão dos processos judiciais de muitos presos, alguns deveriam estar cumprindo pena apenas no regime semiaberto, mas continuam no regime fechado.

Além do trabalho realizado no interior do presídio o acompanhamento continua após a libertação do preso, pois eles precisam ser reintegrados a sociedade, um dos pontos mais difíceis, uma vez que há resistência em contratar pessoas que já passaram pela cadeia.

Devido às dificuldades Willitania informa que as visitas a penitenciária acontecem uma vez no mês, quando deveriam ser realizadas a cada quinze dias. Em alguns casos as visitas são canceladas quando há audiências, vacinações, revistas, dentre outros serviços mais delicados.

A coordenadora lamenta que haja resistência por parte de muitas pessoas em participar da Pastoral Carcerária por temer pela própria segurança, mas ela assegura que esse trabalho tem feito bem a quem ajuda. “Os agentes penitenciários acham que não podemos encostar nas celas, pegar nas mãos, mas eles (os presos) nos respeitam, eu me sinto bem com eles”, explicou.

Buscando assegurar a reintegração dos ex-detentos, Willitania informou ter “adotado” um jovem recém-liberto, cujo dia a dia ela acompanha e procura auxiliá-lo para que ele tenha uma nova vida. O jovem em questão, cujo nome não será revelado, havia sido preso como usuário de drogas além de ter se envolvido em pequenos crimes para conseguir dinheiro e alimentar o vicio, história lamentavelmente comum. “Mas ele está aí, saiu agora e está com um bom comportamento”, frisou.

A Pastoral Carcerária foi fundada pelo Pe. Gregório Lustosa, quando era pároco da Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios. O que falta agora é os frequentadores da igreja seguirem o exemplo da coordenadora e exercitarem a sua caridade.

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