Irreconhecível. Não há adjetivo mais apropriado para descrever a atual fase de Guerrero no Flamengo. Desde que voltou da lesão no tornozelo direito, são dois jogos sem balançar as redes, mas o que assusta é a queda de produção do centroavante. Contra o Vasco, mais uma vez, o peruano foi presa fácil, se irritou com a marcação e só participou do primeiro gol com passe de cabeça para Sheik.
O técnico Oswaldo de Oliveira se mostrou resignado com a má fase do artilheiro. E surpreendeu ao dizer que ainda não teve tempo para conhecer bem Guerrero, já que o camisa nove se afastou para se apresentar à seleção peruana e depois ficou afastado para tratamento de sua lesão.
— Conheço pouco o jogador ainda. Ele ficou afastado por contusão. Não o conheço bem. Mas esse tempo parado deve ter afetado mais a ele do que o normal. Questão dele ir reagindo e retomar o que tem de melhor — avaliou Oswaldo de Oliveira após a partida.
Guerrero, por sua vez, deixou o Maracanã calado. O jogador de R$ 40 milhões passou pela zona mista de cabeça baixa e não atendeu aos pedidos para que explicasse a derrota para o Vasco. A postura omissa de um candidato a ídolo se repete desde sua chegada. Em momentos ruins, Guerrero é cercado por assessores e evita o contato com a imprensa. Durante seu início avassalador, com três gols em três jogos, o comportamento era muito mais solícito, embora com um discurso de grupo.
Questionado se, durante o atual momento de Guerrero, Kayke não poderia ajudar, o técnico Oswaldo de Oliveira preferiu não eleger culpados pela sequência de três derrotas, lembrando que Guerrero não enfrentou o Coritiba e Kayke estava em campo.
— Não podemos dizer que perdemos jogos por causa do Guerrero. Divagar e buscar culpados não leva a nada — encerrou.
Fonte: EXTRA