Domingo, 09 de Novembro de 2025

Perda de fios pode ser genética ou de origem multifatorial e nem sempre é irreversível

Publicado em 21/04/2015
Por Marta Soares
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Calvície /Reprodução

 

Diz a letra do samba que é “dos carecas que elas gostam mais”, mas para os homens essa não é uma premissa verdadeira. Para muitos, a falta de cabelos traz vergonha e até diminui a autoestima. A alopecia androgênica, ou calvície, tem origem genética e hereditária e pode levar à perda total ou parcial dos cabelos. Entretanto a existência de um ou mais casos na família não significa que, necessariamente, a calvície se manifestará.

A doença atinge pessoas de ambos os sexos, sendo mais comum entre os homens, pois está relacionada à testosterona, hormônio masculino. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 80% dos homens com mais de 80 anos sofrem do problema. “Normalmente a alopecia aparece entre os 20 e 30 anos de idade. Mas ela pode iniciar a partir dos 15, 16 anos quando se entra na puberdade, com a quantidade maior de hormônios no corpo”, explica o dermatologista Vinicius Fontenele de Meneses (CRM: 2132 – PI).

Os primeiros sinais da calvície são cabelos mais finos e com crescimento mais vagaroso devido ao enfraquecimento da raiz do cabelo, ou bulbo capilar. Depois acontece a morte ou atrofia do bulbo e não crescem novos fios. A falta de cabelo normalmente começa na frente da cabeça, nas chamadas entradas, e depois segue para a parte central e superior. Restando apenas os cabelos das áreas laterais e posterior da cabeça.

No entanto, nem toda queda de cabelo é sinal de calvície. Enquanto um é genético, o outro é multifatorial e pode ter origens diversas como problemas hormonais, fumo, álcool, sono de baixa qualidade, estresse, uso excessivo de tinturas, descolorantes e alisantes, anemia e carência de algumas vitaminas e nutrientes como o ferro. Tudo isso pode comprometer o crescimento e a vitalidade dos cabelos e resultar numa queda de cabelo maior do que o normal.

Por isso, ao constar uma queda acentuada de fios é importante procurar um médico dermatologista. É ele quem vai diagnosticar se o caso é ou não de alopecia androgênica. Além disso, a indicação do tratamento mais apropriado vai depender de cada caso, pois o quadro clínico varia muito de paciente para paciente.  “Quando se fala de calvície ela é essencialmente genética. Existem outras quedas de cabelos que não são genéticas, mas sim transitórias. Já a calvície é uma queda definitiva. Por isso quanto mais cedo se inicia a terapêutica melhor os resultados. Primeiro é preciso fazer o diagnóstico de exclusão de outras patologias como uma disfunção hormonal ou de tireóide que pode determinar essa queda também. Então, é muito importante fazer os exames para descartar outras possibilidades”, analisa o médico.

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