Todo mundo foi pego de surpresa e a maioria não entende bem o que acontecerá, mas o governo do estado vai “privatizar” ou “terceirizar” (o conceito não está bem claro) a administração do Hospital Regional Justino Luz de Picos (HRJL), assim como o fará com o Terminal Rodoviário Zuza Baldoíno e o de mais duas cidades piauienses: Teresina e Floriano. A questão levantada é que faltou debate e esclarecimento sobre o que representará essa prática para a principal casa de saúde da região, cuja demanda ultrapassa 42 municípios.
Algumas pessoas já ergueram a voz e criticaram o projeto do governo Wellington Dias, que parece não ter mais volta, outros, e isso é importante, falaram contra a ausência de explicações para a população que depende dos serviços prestados pelo Hospital Regional, mesmo que este deixe muito a desejar, especialmente para os mais carentes.
A informação que se tem mais claramente é a de que os serviços continuarão públicos, o hospital continua público, ou seja, a população não terá de pagar para usufruir dos seus serviços, mas a administração ficará a cargo de uma “Organização Social”, outro ponto de discórdia. Não se sabe como será a relação com os servidores do hospital, aquisição de materiais hospitalares, licitações, enfim, as dúvidas são muitas.
Pelo menos se espera que haja mais disciplina quanto aos serviços prestados por alguns médicos, sempre alvo de críticas da população. Costuma-se dizer que ruim com o HRJL, pior sem ele. Se essa “privatização” ou “terceirização” da gestão trouxer benefícios para a sofrida população de Picos e região, então será bem vinda.