Sábado, 15 de Novembro de 2025

Privatização ou terceirização do Hospital Regional de Picos, o debate que faltou

Publicado em 07/04/2015
Por Jailson Dias
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Hospital Regional Justino Luz de Picos/Jailson Dias

Todo mundo foi pego de surpresa e a maioria não entende bem o que acontecerá, mas o governo do estado vai “privatizar” ou “terceirizar” (o conceito não está bem claro) a administração do Hospital Regional Justino Luz de Picos (HRJL), assim como o fará com o Terminal Rodoviário Zuza Baldoíno e o de mais duas cidades piauienses: Teresina e Floriano. A questão levantada é que faltou debate e esclarecimento sobre o que representará essa prática para a principal casa de saúde da região, cuja demanda ultrapassa 42 municípios.

Algumas pessoas já ergueram a voz e criticaram o projeto do governo Wellington Dias, que parece não ter mais volta, outros, e isso é importante, falaram contra a ausência de explicações para a população que depende dos serviços prestados pelo Hospital Regional, mesmo que este deixe muito a desejar, especialmente para os mais carentes.

A informação que se tem mais claramente é a de que os serviços continuarão públicos, o hospital continua público, ou seja, a população não terá de pagar para usufruir dos seus serviços, mas a administração ficará a cargo de uma “Organização Social”, outro ponto de discórdia. Não se sabe como será a relação com os servidores do hospital, aquisição de materiais hospitalares, licitações, enfim, as dúvidas são muitas.

Pelo menos se espera que haja mais disciplina quanto aos serviços prestados por alguns médicos, sempre alvo de críticas da população. Costuma-se dizer que ruim com o HRJL, pior sem ele. Se essa “privatização” ou “terceirização” da gestão trouxer benefícios para a sofrida população de Picos e região, então será bem vinda.

Comentários
wanderson
11/09/2015 15:43:06
A parceria público privado não pode ser aplicada nesse caso do HRJL, o que se permite é criar uma fundação estadual sem fins lucrativo, que já existe no estado para administrar. como só existe uma fundação,"dispensa de licitação", essa fundação tem que seguir os mesmos tramites que o governo na compra de medicamentos e insumos, tornando tal atitude sem sentido. no caso de entrega para o privado ai não precisa de licitação para contratação e aquisição mais o lucro é o objetivo. procedimentos caros poderão deixar de ser realizados. o debate é importante e o ministério público não pode se omitir esclarecendo o que é legal. mais o governo imprime com isso um certificado de incompetência, no âmbito administrativo e do dialogo.
Indefinido
11/09/2015 12:04:03
Desde que acompanho esse processo nas mídias eletrônicas, não vi em nenhum momento o Governo do Estado citar o termo PRIVATIZAÇÃO, o que vejo é uma Parceria Público Privado, na qual ficará a cargo apenas a Administração do referido órgão, continuado desta maneira ofertando o serviço gratuito, com os respecitvos funcionários efetivos (pagos pelo próprio governo do estado). O que na minha visão só tende a melhorar, pois terá uma maior celeridade no processo de aquisição de insumos, equipamentos, contração de pessoal, etc. evitando aqueles processos burocráticos de licitação e contratação. Do outro lado vejo a cobrança do setor privado maior sobre os seus funcionários, exigindo uma escala rigosa, com o cumprimento da sua carga horária na qual acredito que muitos estão com medo dessa cobrança. Além do mais é um processo que será acompanhado por metas e que a qualquer momento pode ser cancelado. O Estado não pode privatizar saúde, isso ta na Constituição é dever do estado.