Na sessão ordinária desta quinta-feira, dia 13, os vereadores Renato e Toinho de Chicá criticaram as blitzes promovidas pelo 4º Batalhão de Polícia Militar de Picos, comandando pelo Tenente-Coronel Wagner Torres.
Em sua fala na tribuna da Câmara, o vereador Renato afirmou que os organizadores de eventos dos povoados de Picos, em especial os do povoado Torrões, estão tendo prejuízos em suas festas por conta da presença dos policiais militares. Ao iniciar o tema, o vereador Toinho de Chicá pediu aparte e concordou com o vereador Renato.
“Na festa do último final de semana, eu estava lá e não deu ninguém. Foi prejuízo total para os donos das festas, assim como as outras anteriores. Eu queria pedir a compreensão do comandante Wagner Torres, porque houve até uma reunião entre os organizadores de festa, o comandante e o prefeito, é tanto que a prefeitura nem mandou os ‘azulzinhos’ - referência aos guardas da Secretaria Municipal de Trânsito – mas a Polícia Militar mandou os guardas”, disse Renato.
Para Renato, estas festas são, além de diversão, geração de emprego e renda: “quero pedir novamente a compreensão do comandante, para que ele manere nessas blitzes porque tem prejudicado muito”, afirmou.
Ao solicitar aparte, Toinho de Chicá parabenizou a colocação do vereador Renato e ratificou o apelo ao comandante do 4º BPM de Picos. Ele disse que a cidade não oferece opções de diversão e que as festas suprem esta lacuna: “peço que o comandante veja isso com bons olhos, a população precisa do divertimento”.
Renato finalizou dizendo que é a favor da presença da Polícia Militar, mas pediu que o trabalho seja educativo, informando a população e pedindo que a mesma não beba enquanto dirige ou pilota. Renato alegou a PM está cometendo exageros e que não é possível que as pessoas saiam de casa para uma festa usando capacete porque as mesmas correm o risco de perder o acessório de proteção. “O comandante deixou de ir atrás de traficante para multar os pais de família trabalhadores que estão deixando de trabalhar”, disse Renato.
Nossa reportagem procurou o comandante Wagner Torres e o mesmo disse que não pretende se estender nessa discussão, mas afirmou que a Polícia Militar continuará a desempenhar seu papel de fiscalizar, seja em ação individual ou com as demais instituições de segurança.