Sexta-Feira, 18 de Abril de 2025

PI é um dos maiores consumidores de remédio para déficit de atenção do NE

Publicado em 19/03/2013
Por Marta Soares
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Imagem ilustrativa./Reprodução

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou Boletim de Farmacoepidemiologia que mostra o Piauí como um dos maiores consumidores do medicamento metilfenidato, utilizado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Na região Nordeste, o estado obteve o maior consumo do remédio em 2009 e 2011.

A pesquisa se refere a crianças com idade de 6 a 16 nos anos de 2009, 2010 e 2011. Em todo o Brasil, o consumo do medicamento aumentou 75%. Os dados foram coletados a partir dos registros do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa.

Na região Norte, Rondônia obteve o maior consumo de metilfenidato, entre 2009 e 2011. Já na região Sul, o Rio Grande do Sul lidera o ranking de consumo no triênio estudado. Na região Sudeste, em 2011, o maior consumidor do medicamento foi o estado de Minas Gerais.

Para a coordenadora do SNGPC, Márcia Gonçalves, o estudo realizado contribui para identificar possíveis sinais de distorção de uso dos produtos e no trabalho em estratégias e enfrentamento do problema.

“O monitoramento da prescrição e do consumo pode ajudar na gestão de riscos associados aos medicamentos feita pelos entes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária”, explica Márcia.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
O TDAH é um dos transtornos neurológicos do comportamento mais comum da infância, que afeta de 8 a 12% das crianças no mundo. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, em 2007, considerou-se que aproxi¬madamente 9,5% (5,4 milhões) de crianças e adolescentes ame¬ricanos de 4 a 17 anos tinham TDAH.

Estimativas de prevalência de TDAH em crianças e adolescen¬tes bastante discordantes foram encontradas no Brasil, com valores de 0,9% a 26,8%. Embora a taxa de TDAH diminua com o aumen¬to da idade, pelo menos metade das crianças com o transtorno têm sintomas incapacitantes que persistem na fase adulta.

O diagnóstico do TDAH é complicado pela ocorrência de comorbidades, como dificuldades de aprendizagem, transtornos de conduta e de ansiedade, e depen¬de fortemente de relatos dos pais e professores; nenhum exame laboratorial confiável prevê esse tipo de problema. As crianças com TDAH têm dificuldade de prestar atenção, controlar comportamen¬tos impulsivos e, em alguns casos, são hiperativas.

 

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