ARTIGO: FAZER POLÍTICA É DEVER DE TODOS

Como seres políticos, todos nós fazemos política, sim! Fazemos política quando temos a preocupação de zelar pelo bem comum, quando obedecemos às leis, quando exigimos nossos direitos, quando cumprimos, efetivamente, os nossos deveres.  Votar também, mesmo quando muitos em sinal de protesto se recusam a fazê-lo, é uma forma de fazer política. Precisamos ainda aprender muito e nos aperfeiçoar para que possamos fazer política com dignidade. Respeitando o livre pensar e o direito da livre escolha. RESPEITO é palavra de ordem e exclui chacota, grosserias, insanidades, insinuações descabidas e deboche.                                                                                                               

Aprendi muito cedo, que “Política é a CIÊNCIA DO BEM COMUM”... Se assim todos compreendessem, penso que teríamos um mundo mais politizado e consequentemente melhor, mais humano!...Portanto, não suporto ouvir a máxima: “odeio política”. Obviamente que a maioria dos que assim se manifestam então com ojeriza e ódio de ver o que se tem feito no nosso país, em nome da POLÍTICA. Mas, não podemos por isso, “lavar as nossas mãos”...   

O jurista Norberto Bobbio diz, e eu concordo que existe “os que fazem a política da praça e os que fazem a política do palácio. Quando estão na praça, dizem defender os interesses da população. Quando chegam aos palácios, eles defendem seus interesses, cobrindo-os com o nome de interesse do Estado, da Nação, do Governo”. Como é triste essa constatação!!!

Penso, no entanto, que não devemos nem desistir nem deixar de sonhar com um País onde a consciência política se consolide cada vez mais. Não nos limitarmos a ouvir discursos vazios que maquiam a realidade crua, dura, cruel.  Problemas coletivos devem ser estudados e analisados. Não é difícil constatar que muitos políticos estão pouco preocupados com eles. É muita demagogia... E fica clara a tendência a se instalar no palácio os que querem apenas defender um projeto pessoal e seus interesses e de seu grupo e não os da coletividade.

Também é triste demais ver eleitores despreparados, atirando nos próprios pés e sobretudo sendo manipulados pela demagogia reinante!                                                    

Tudo faz crer que parte dos atuais dirigentes políticos é arrogante e interessada, sobretudo, no seu PODER PESSOAL. E, o que é mais grave, num projeto de perpetuação do poder que um dia lhes foi por confiança conferido, embora por vezes não honrado. Infelizmente isso ainda rende votos e faz, de forma absolutamente equivocada, muitos alçarem injustamente a escala do PODER... Mas, apesar dos percalços, penso que nem tudo está perdido... Movida a  esperança quero me irmanar com os milhares, milhões de irmãos, que não cultuam o próprio umbigo e nem acreditam em SALVADORES DA PÁTRIA! Ao contrário, respeitam e se fazem respeitar, trabalham dignamente, acreditam no poder de transformação e superação que todos os humanos carregam dentro de si e sonham por isso com um mundo melhor, mais politizado, menos violento e JUSTO. Esse mundo é possível e quero caminhar ao lado dos que não desistem de querer criá-lo... E não são poucos. São muitos. Milhares, milhões, graças a DEUS!     

Graça Moura
Psicóloga formada pela Universidade Federal de Pernambuco. CRP - 11/03068