Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2025

ARTIGO: Dos Conflitos Ideológicos e da Palavra que Não Passa Jamais

Publicado em 15/02/2015
Por Marta Soares
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Desde tenra idade, aprendi que o homem sem DEUS é nada, tão-somente poeira cósmica, em face da insignificância de cada ser vivente perante o Universo criado por Ele, não obstante aqui e ali se ouça algum grão de areia indagando de cima do pedestal de sua empáfia: “VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?!”. À mísera criatura, penso, se deve responder com um sim vociferante: “SIM. VOCÊ NÃO PASSA DE UM MICRÓBIO ARROGANTE E INEXPRESSÍVEL QUE PENSA SER O QUE NÃO É, MESMO SENDO NADA, E AINDA ASSIM SE VENDO INFINITAMENTE COMO O UNIVERSO MAJESTOSO, LOGO VOCÊ ESTÁ ABAIXO DE MIM NA ESCALA EVOLUTIVA, PELO SIMPLES FATO DE EU RECONHEÇER A MINHA INSIGNIFICÂNCIA, E VOCÊ NÃO”.

Dito isso, volto à VERDADE que adotei para mim, sem questioná-la, posto que minhas limitações intelectuais não me permitem sondar com inteireza toda a SABEDORIA reinante em DEUS. Não me vejo, como Fausto, de Goethe, vendendo seu sopro de vida a Mefistófeles (Demônio), a fim de conhecer os arcanos do Etéreo: “Pelo Poder da Verdade, Eu, enquanto Vivo, Conquistei o Universo”.

Em minha FÉ em Deus, cheguei a seu Filho, Jesus, o Messias, o Ungido, e eu a atingi, creio, por ter sido escolhido, sem merecer, por Ele. Portanto, não sou como São Tomé, o discípulo de vaidades intelectuais, que necessitou que lhe fosse demonstrada a VERDADE empiricamente, por meio de toques nas chagas abertas do Ressuscitado Mestre, para só então poder dizer: “Meu Senhor e Meu Deus!”.

Com base na assertiva acima expendida, posso dizer que a VERDADE habita em um único HOMEM, mas não um qualquer, nascido do pecado adâmico, como eu, e sim dAquele que experimentou todos os padecimentos de nossa natureza decaída, menos uma, o PECADO, fonte que leva fatalmente à morte da alma, e, muitas vezes, até à morte física.

Com esse introito, entoo, em breves palavras, a minha profissão de FÉ, a qual pertence, igualmente, a milhões de brasileiros, cujos joelhos se dobram, todos os dias, para glorificar a Deus e a Jesus, o ungido, com quem um dia, em comunhão eterna, após este banquete de devassidão e de luxúria, iremos cultuar a Deus, em espírito, face a face, num gozo sem fim. EU CREIO.

Mas é certo que há quem duvide, ou mesmo não creia, nesta VERDADE tão sincera e que me é tão cara. Mesmo que divirja de minhas convicções, devo, porém, dispensar o máximo respeito a quem de mim pensa o contrário, seja este agnóstico, ateu ou apóstata, exigindo eu, unicamente, reciprocidade de tratamento, ou em outras palavras, cobro o troco em moeda semelhante a que lhe ofereço, e não agindo, como muitos, ao tentarem me espoliar aquilo que tenho de mais sagrado, que é a minha FÉ em Cristo Jesus, por meio de escárnios públicos e de outros ataques vis e rasteiros.

Que cada brasileiro, na esfera íntima, disponha do seu próprio corpo como bem lhe aprouver, sendo que para tanto o Estado está aí para protegê-lo de qualquer interferência na sua individualidade. Mas, na vida pública, felizmente, corpos e ideias são refreados, quando estes expõem a perigo a preservação do pacto social, senão o caos se instala em definitivo, neste paradoxal Brasil laico, constituído, quase na sua totalidade, de cristãos.

Penso que, no mundo dito civilizado, de hoje, pessoas que destoam em pensamentos e em modos de vida podem conviver harmonicamente, sem confrontos armados, valendo-se somente de exposição educada de ideias para confrontar os seus opositores, e nunca, em absoluto, com momices levadas a público sobre carros alegóricos e/ou por meio de outros veículos de massa (internet, jornais, revistas, televisão, entre tantos), vilipendiando a FÉ e valores alheios.

Só me merece respeito o que me respeita, e o avesso também é verdadeiro. Por isso, por um direito assegurado a mim, na Carta Política Brasileira, não tenho qualquer receio em expor estas humildes palavras, apresentadas à lume de modo urbano e ordeiro, tendo todo o direito o que se sentir atacado por elas de se valer do Estado-Juiz para restabelecer o status quo ante.

Agora, falando especificamente do movimento PARADA GAY, ocorrida em São Paulo-SP, recentemente, não se buscou, a meu ver, com o espetáculo carnavalesco que ali se instalou, combater a homofobia, e sim escarnecer tão-somente de símbolos cristãos e da linha litúrgica das igrejas, sejam elas católica ou evangélica, cujo ato, por fim, engendrou mais ódio na sociedade, em vez de paz.

Sou partidário da ideia de que todos os brasileiros devem demonstrar o mais sincero respeito aos homossexuais, inclusive, até em reconhecimento à campanha encetada por eles de valorização de seus direitos, é forçoso que o Estado elabore leis que lhes garantam integral proteção contra aqueles que os ferem moral e/ou fisicamente, em razão de preconceito de orientação sexual dita destoante da maioria.

No entanto, se me permitem, com o máximo respeito, penso que devem pugnar por seus direitos sem atacar a FÉ e/ou convicções religiosas milenares, alicerçadas no Livro dos livros (a Bíblia), porque, em assim agindo, geram sentimento de repulsa ao movimento LGBT, não só por parte dos católicos e evangélicos, como da maioria dos brasileiros.

Por derradeiro, na qualidade de cristão, encerro lembrando que, de fato, a Bíblia, Palavra de Deus, repreende, severamente, as relações sexuais com pessoas do mesmo sexo, mas, ainda assim, ensina a amar o próximo, inclusive instruindo-os a perdoar setenta vezes sete (infinitamente). Portanto, com a mesma mão que Deus pune e castiga os seus filhos pecadores, Ele os acolhe com a palavra do AMOR e do PERDÃO. Que cada um, cristãos e não-cristãos, heteros e homossexuais, aprendam a viver em paz, abaixando as mãos que apedrejam, e que ferem, e que geram dor a seus semelhantes. Suportemos, então, uns aos outros, sem olvidar que, ainda que alguns homens desejem mudá-la, a PALAVRA DE DEUS NÃO PASSARÁ JAMAIS.

ANTONIO MADSON VIEIRA DE OLIVEIRA – SERVIDOR PÚBLICO – LOTADO EM PICOS-PI     

 

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